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Grupo julgado por assalto a ourives em plena estrada na Póvoa de Lanhoso

Um dos seis arguidos envolvidos confessou no Tribunal de Guimarães a sua presença em três assaltos a fábricas e armazéns, mas nada disse – alegadamente porque nele não participou –sobre o roubo, em 2018, em plena estrada entre as Caldas das Taipas e a Póvoa de Lanhoso, à viatura de um ourives da Póvoa de Lanhoso, roubando-lhe 348 mil euros em jóias.

O arguido, que pediu ao colectivo de juízes para falar sem a presença dos outros cinco implicados, cujos nomes não apontou, confessou, também que possuía uma arma de fogo em casa.

De seguida, um outro arguido confessou o mesmo crime, o da posse de arma proibida.

Sobre o assalto ao ourives, os seis nada disseram. Assim, o Tribunal começou esta tarde a ouvir os assaltados, entre os quais o funcionário da ourivesaria povoense.

400 MIL EUROS

Nos quatro assaltos foram levados, ao todo, 400 mil euros. Os seis homens foram acusados pelo Ministério Público de Braga dos crimes de roubo qualificado com armas de fogo, homicídio tentado, furto qualificado e falsificação de documentos.

O grupo praticou quatro assaltos, o primeiro a 17 de Fevereiro, a Cristóvão Peixoto, funcionário da Ourivesaria Minhota, da Póvoa de Lanhoso, que vinha da feira das Caldas das Taipas e que foi abordado, atravessando-lhe um carro numa estrada rural em Ponte de Nasceiros, por quatro deles, encapuzados e com armas de fogo.

Partiram os dois vidros do lado do condutor, ameaçaram “dar-lhe um tiro” e obrigaram-no a sair do veículo – arrastando-o pela janela. Levaram objectos em ouro no valor de 350 mil euros.

Depois do assalto, e quando fugiam em dois BMW, com matrículas falsas, foram apedrejados por trabalhadores que estavam numa obra e que se aperceberam do crime. Aí, dispararam cinco tiros para o ar e dirigidos aos trabalhadores, tendo um deles passado a milímetros de um deles.

A seguir, tentaram incendiar um dos carros, com gasolina, mas fugiram ao ouvirem as sirenes da GNR que os perseguia.

SAPATOS E TELEMÓVEIS

O segundo assalto foi feito nas fábricas da Asial Indústria de Calçado e da Alberto Sousa, em Vizela, de onde levaram mil pares de sapatos, a maioria da marca Eureka, valendo 30 mil euros.

Para entrar, fizeram um buraco na parede das traseiras e carregaram os sapatos.

O terceiro assalto foi na Sociedade Naturana Portuguesa Confeções, em Oliveira de Azeméis, onde penetraram após terem rebentado a porta. Lá dentro, pensaram que as forças policiais estariam a chegar, pelo que fugiram sem nada.

Assaltaram de seguida um armazém da Euronics, na zona industrial de Crespos, em Celorico de Basto, da sociedade Dário A. Almeida, tendo feito um buraco na parede. Furtaram 16 telemóveis que valem 2.945 euros.

A acusação, que tem 24 testemunhas, suporta-se ainda em escutas telefónicas e em relatórios de vigilância da PJ e da GNR.

O Ministério Público quer que o dinheiro roubado pelos arguidos fique para o Estado: 348 mil do ourives, 30 mil dos sapatos e 2.945 dos telemóveis.

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