Foi há 8 anos que ocorreu o ‘Inferno de Pedrógão Grande’, o devastador incêndio florestal que ocorreu em junho de 2017, na região de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, em Portugal. É considerado um dos piores incêndios da história do país e uma das maiores tragédias de sempre associadas a fogos florestais em Portugal.
O incêndio teve início na tarde de 17 de junho de 2017, num dia de temperaturas extremamente elevadas, com ventos fortes e níveis muito baixos de humidade — um cenário altamente propício à propagação rápida do fogo.
As chamas espalharam-se rapidamente pelos concelhos de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, atingindo várias aldeias e zonas de floresta.
Uma das maiores tragédias ocorreu na Estrada Nacional 236-1, onde 47 pessoas morreram presas nos carros ou tentavam fugir do fogo. No total, 66 pessoas morreram e mais de 250 ficaram feridas, incluindo bombeiros.
Nome “Inferno de Pedrógão Grande”
A expressão tornou-se símbolo da dor e do choque causados por este incêndio — um verdadeiro inferno, com testemunhos dramáticos de sobreviventes e imagens devastadoras de aldeias inteiras em chamas. O nome reflete tanto a tragédia humana como o desastre ambiental de proporções históricas.
Marcelo: «Data que nunca esqueceremos…»
O Presidente da República escreveu esta terça-feira uma mensagem a lembrar as vítimas do incêndio de Pedrógão Grande, em 2017, que alastrou a concelhos vizinhos e provocou 66 mortos.
“Nesta data que nunca esqueceremos, não poderia deixar de vos enviar um sentido abraço em memória de todas as vítimas do 17 de junho, vossos familiares, vossos amigos, vossos vizinhos”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa numa mensagem dirigida à Associação de Vítimas de Incêndio de Pedrógão Grande (AVIPG).
Referindo que a AVIPG tem convocado um encontro junto ao Memorial de Homenagem às Vítimas dos Incêndios de 2017, o Chefe de Estado adiantou que nem sempre tem sido possível associar-se fisicamente a este momento, mas o seu pensamento está com todos.
“Neste que é o último 17 de junho do meu mandato, queria deixar um alerta para que a mobilização em torno da associação se mantenha e não ceda a eventuais mudanças de ciclo ou de protagonistas”, apontou.
O Presidente da República sublinhou que “o trabalho desenvolvido, o empenho na reconstrução e na manutenção da memória não podem ter fim”.
Terminando a sua mensagem, Marcelo Rebelo de Sousa assegurou que “17 de junho é uma data que nunca esqueceremos”.
ovilaverdense@gmail.com