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Há um asteroide cada vez mais em rota de colisão com a Terra

O asteroide 2024 YR4 está 3,1% de probabilidade de vir a atingir a Terra em 2032. Este é o nível mais elevado desde o início da monitorização, a NASA, em cálculos divulgados a 18 de fevereiro. Assim, parece que as hipóteses estão a aumentar.

O objeto, com largura entre os 40 e os 90 metros, pode colidir com a Terra a 22 de dezembro de 2032, de acordo com as estimativas das agências espaciais. Há, ainda, a possibilidade de que cause danos, inclusive a destruição de uma cidade.

Ainda assim, a previsão deve ser levada com calma, pois os especialistas recordam que está baseada em dados preliminares e, por isso, é provável que se vão alterando. «Não estou em pânico», vinca Bruce Betts, da organização norte-americana Planetary Society.

Ao colidir com a terra, este asteroide terá um impacto 500 vezes mais poderoso do que a bomba nuclear de Hiroxima, estima-se. Pode, ainda, provocar um tsunami, se cair próximo de costas ou numa ilha.

Apesar da colisão ter baixo risco, este novo valor é o mais alto alguma vez registado em 20 anos de monitorização de objetos celestes.

Um acontecimento assim é «muito, muito raro», diz à AFP Richard Moissl, chefe do gabinete de defesa planetária da Agência Espacial Europeia (ESA).

Já no início dos anos 2000, o asteroide Apophis ameaçava atingir a terra em 2029 com uma probabilidade de 2,7%. No entanto, esta rapidamente caiu para zero.

Assim, estas previsões do 2024 YR4 deverão evoluir com a sua trajetória, recolhida nomeadamente com o Telescópio Espacial James Webb.

Para já, segue numa órbita que se afasta da Terra, pelo que só deverá voltar a ser observável em 2028, avançam os especialistas.

De acordo com os estudos, 2024 YR4 estaria na mesma categoria de um asteroide que caiu em 1908 numa região isolada da Sibéria. O evento, conhecido como Tunguska, destruiu centenas de milhares de hectares de floresta.

Se esta catástrofe se vier a confirmar, a comunidade espacial internacional pode avançar com uma missão para desviar a trajetória do asteroide.

Já em setembro de 2022, a missão DART da NASA desviou a trajetória de um asteroide inofensivo ao fazer com que uma nave colidir com o mesmo.

Tratava-se do asteroide Dimorphos, o primeiro objeto no Sistema Solar a ter a sua órbita alterada por força humano de forma mensurável.

Ainda, a missão espacial Hera da Agência Espacial Europeia (ESA) é a segunda parte do projeto da NASA com a sonda DART.

Foi a primeira missão europeia de defesa planetária, lançada em outubro de 2024 para Didymos, um sistema de dois asteroides próximo da Terra, a chegar no final de 2026.

A Hera vai estudar o asteroide Dimorphos para tornar a Terra mais segura contra este tipo de ameaças.

ovilaverdense@gmail.com

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