JUSTIÇA

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Homem violou, sequestrou e roubou amiga em Barcelos

O Tribunal de Braga iniciou, esta terça-feira de tarde, o julgamento de um homem que violou, sequestrou, roubou e agrediu uma mulher de quem era amigo, em Barcelos. O homem, de 68 anos, responde pelos crimes de violação, sequestro e furto qualificado.

A audiência foi, no entanto, fechada ao público e à comunicação social, por decisão do colectivo de juízes que assim pretende salvaguardar a identidade e a intimidade da vítima.

A acusação diz que o arguido, natural e residente na cidade, convenceu a amiga, de 56 anos, que conhecera em 2017 e com quem mantinha relações de amizade, a ir para sua casa, após esta ter caído no apartamento e se ter ferido numa perna, que tinha de andar ligada.

“Como estás ferida, e ambos vivemos sozinhos, anda uns dias lá para casa”, disse-lhe, ao que ela acedeu.

Nesse dia de Dezembro de 2018, o homem tinha ido a casa dela, para lhe entregar fita adesiva, a seu pedido, já que a ligadura estava a cair. Ocasião em que, quando a vítima se vestia noutro quarto e sem que esta se apercebesse, lhe furtou 15 peças em ouro, algumas com pedras preciosas, valendo 15.500 euros.

Foram, a seguir, os dois para casa dele, ela ficou no sofá e ele dormia no quarto.

TRANCOU-A E VIOLOU-A

No dia seguinte, a 9 de Dezembro, a amiga disse-lhe que iria voltar para casa, porque ele não lhe dava de comer, ao que ele respondeu, solicitando-lhe que só fosse no dia seguinte.

Acto contínuo, retirou as duas chaves, da cozinha e de uma sala, que davam acesso ao exterior, trancando-as. Começaram, então, a discutir, com ela a reclamar que ia embora, mas o agressor agarrou-a, levou-a para o quarto, despiu-se, rasgou-lhe a roupa e começou a tentar copular.

A vítima reagiu, esbracejando e gritando, mas ele esbofeteou-a, na cabeça e na boca, pondo-a a sangrar.

Bateu-lhe, ainda, nas costelas, nas pernas e na zona do ânus, e apertou-lhe o pescoço, sufocando-a por alguns segundos. Conseguiu, por isso, a penetração, ainda que breve.

Depois, como ela continuasse a debater-se, levantou-a e deitou-a ao chão, por três vezes. Quatro horas depois, e vendo que estava ferida e prostrada, levou-a ao Hospital, deixando-a ficar na Urgência. Aí constatou-se que tinha ferimentos na cara, tórax, abdómen, braços, pernas, boca e região da vulva. O que a imobilizou durante 12 dias.

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