No dia em que completaria 71 anos de idade, João Lobo foi esta sexta-feira homenageado a título póstumo, em Vila Verde, numa ocasião que serviu sobretudo para recordar a vida e obra de um dos «maiores vultos» do concelho.
«O Dr. João Lobo foi e será sempre um dos grandes vilaverdenses, um dos maiores nomes do concelho. É alguém que nos deixa uma saudade enorme e um legado fabuloso que é necessário perpetuar», enalteceu a autarca Júlia Fernandes.
Numa cerimónia carregada de emoção, com a presença da esposa e dos dois filhos do homenageado, a presidente da Câmara de Vila Verde lembrou o «trabalho notável» de João Lobo nos campos jurídico, literário, político, social e cultural, o que fez com que seja «um grande exemplo para todos».
«Temos de o manter vivo, sempre presente, entre nós. É nosso dever e obrigação. Continuará, para sempre, a ser uma referência», reiterou Júlia Fernandes.
Para o bastonário da Ordem dos Advogados, Luís Menezes Leitão, João Lobo foi um «jurista brilhante», um dos «principais expoentes da profissão no Minho», o que fez com que fosse «muito conhecido e considerado».
Era, no entanto, «muito mais do que isso», destacando-se pelas «qualidades humanas e pessoais», que fizeram com que fosse igualmente professor, político e escritor «de grande sucesso», como sublinhou o presidente da Associação Jurídica de Braga, José Estelita Mendonça.
A homenagem integrou uma palestra a cargo de Fernando Pinheiro, editor da obra literária do escritor, tendo sido igualmente abrilhantada pela Academia de Música de Vila Verde e pelo grupo de teatro “VerdEmCena”, da Escola Secundária de Vila Verde.
Nascido a 14 de Outubro de 1951, em Santa Maria de Mós, no concelho de Vila Verde, João Lobo distinguiu-se como advogado e foi, entre muitos outros cargos, deputado na Assembleia da República e presidente da Assembleia Municipal de Vila Verde durante 17 anos.
Na primeira fila do Salão Nobre da Câmara de Vila Verde estiveram os deputados Fernando Negrão, Clara Marques Mendes e Carlos Cação, que se juntaram ao eurodeputado José Manuel Fernandes, ao executivo camarário, ao antigo autarca António Vilela e a muitas outras personalidades que quiseram associar-se à homenagem a João Lobo.
