A idade da reforma em Portugal vai subir para os 66 anos e sete meses no próximo ano, avança o jornal ‘O Público’.
Os dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística mostra uma subida em comparação com 2024, onde a idade da reforma se situa nos 66 anos e quatro meses.
Confirmando os dados provisório divulgados em Novembro, a esperança de vida aos 65 anos para o total da população foi estimada em 19,75 anos no triénio de 2021 a 2023, o que corresponde a um aumento em relação aos 19,61 anos no triénio anterior.
Aos 65 anos, os homens podiam esperar viver 18 anos e as mulheres 21,11 anos, o que corresponde a um aumento relativamente ao período de 2020 a 2022.
Nos últimos dez anos, sublinha o INE, «a esperança de vida aos 65 anos aumentou 10,2 meses para os homens e 8,4 meses para as mulheres».
Desde 2015, a idade da reforma depende da evolução da esperança média de vida aos 65 anos.
Durante a pandemia assistiu-se a um recuo deste indicador o que levou a que a idade de acesso à pensão tivesse diminuído em 2023 (para 66 anos e quatro meses) e estabilizado em 2024.
Contudo, a idade fixada para 2024 foi o resultado de uma decisão política. As estatísticas provisórias divulgadas pelo INE em Novembro do ano anterior apontavam para uma estabilização dos indicadores, mas os dados definitivos, conhecidos depois de o Governo ter mandado publicar a portaria (que tem de ser publicada dois anos antes), foram revistos em alta e o executivo anterior optou por manter a idade em vez de aplicar os 66 anos e seis meses resultantes da revisão.
Com os dados agora conhecidos, a idade de acesso à pensão em 2025, que consta da Portaria 414/2013, volta a retomar a sua trajectória ascendente.
O INE confirmou ainda que a penalização aplicada a quem sair mais cedo do mercado de trabalho durante o ano de 2024 será 15,8%, acima do corte de 13,8% que é aplicado às reformas antecipadas de 2023.
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