O Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) vai abrir um novo polo académico desta feita em Vila Verde, aquele que será o sexto da instituição. O Salão Nobre dos Paços do Concelho acolheu na manhã desta quarta-feira, 13 de Julho, a assinatura do protocolo que assim assegura a instalação do novo polo de ensino superior, que vai contar com seis cursos técnicos superiores da área digital e tecnológica e com um total de 150 vagas. Quanto ao local, o novo polo do IPCA ficará sediado nas instalações do antigo IEMinho, em Soutelo.
Na cerimónia de assinatura do protocolo, a Presidente de Câmara Municipal de Vila Verde, Júlia Fernandes, sublinhou ser «um dia muito especial e feliz para o Município», que assim «vê realizado um sonho e instalado no concelho um polo de ensino superior».
«CASAMENTO FELIZ»
Para a autarca, a parceria trata-se de um «casamento feliz», com «cursos que fazem sentido e falta no mercado».
«As empresas precisam de mão-de-obra qualificada e estes cursos vão permitir especializar nessas mesmas áreas, que são muito procuradas e fazem sentido ser trabalhadas no Concelho», afirmou Júlia Fernandes, acrescentando, «hoje, 13 de Julho, podemos dizer que Vila Verde tem ensino superior».
Relativamente ao local escolhido para a implementação do novo polo do IPCA – antigo IEMinho -, a Presidente de Câmara apontou que se trata de um «edifício com muita história e que foi criado como um incubadora de base tecnológica. Continuará, agora, a cumprir essa função, uma vez que recebe uma instituição de ensino superior com seis cursos completamente vocacionados para a área digital e tecnológica».
«DIA HISTÓRICO»
Também Maria José Fernandes, Presidente do IPCA, classificou o dia de «histórico», uma vez que a instituição de ensino superior instala-se agora no sexto concelho e «cumprindo com aquilo que é a sua missão», a «qualificação da população portuguesa e em particular dos jovens e adultos desta região».
Relativamente às áreas que compreenderão a oferta formativa, Maria José Fernandes notou que estas são «áreas de muita procura, nas quais temos muita responsabilidade quanto à formação. Estamos imbuídos nesta questão do digital e há aqui um desafio enorme naquilo que é a qualificação das pessoas nessa área. Nesta primeira fase serão seis os cursos disponíveis e existe um potencial de crescimento grande».
«Queremos que este polo seja reconhecido pelos estudantes, famílias e empresas e que responda àquilo que á necessário neste território. A missão dos politécnicos á também essa, estar presente nesses territórios apostando na coesão territorial e no desenvolvimento regional», concluiu.
EDIFÍCIO SOFRERÁ «ADAPTAÇÕES»
O edifício do antigo IEMinho sofrerá, no entanto, algumas adaptações, obras essas a cargo da Câmara Municipal de Vila Verde, que cederá o mesmo ao Politécnico. O IPCA assumirá as despesas correntes do mesmo e os equipamentos necessários ao seu funcionamento, bem como o corpo docente.
As alterações serão de «adaptação, nomeadamente na dimensão das salas e no refeitório. O processo está acautelado e é da responsabilidade do Município», afirmou Júlia Fernandes.
CURSOS E CANDIDATURAS
Neste primeiro ano há um total de 150 vagas distribuídas pelos seis cursos disponíveis (25 em cada um), os quais, “Aplicações móveis”; “Apoio à gestão”; “Desenvolvimento web e multimédia”; “Redes e segurança informática”; “Marketing digital e social media” e ainda “Refrigeração e eficiência termo energética”. As candidaturas estão abertas há sensivelmente uma semana – existindo já 16 em avaliação – sendo que o prazo se prolonga até 22 de Agosto.
ACADEMIA CISCO
A somar à oferta existente haverá também a opção de realizar uma formação através da “Academia Cisco”, uma empresa americana de telecomunicações que, através de uma formação de três a seis meses, permitirá aos formandos conseguir uma certificação na área da cibersegurança e redes».