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Ir às compras volta a ficar mais caro esta semana. Saiba que produtos sofreram maior aumento

O preço do cabaz alimentar monitorado pela DECO PROteste voltou a aumentar esta semana. Entre os produtos, destaca-se a pescada fresca que, ao quilo, já custa 11 euros.

A organização aponta que o preço médio de pescada encareceu 1,64 euros por quilo, sendo um aumento de 17%. Assim, custa agora 11,30 euros.

Mas não termina por aí, já que o cabaz completo, com 63 produtos essenciais, também está mais caro. A 14 de maio, o preço subiu para 239,72 euros, sendo mais 77 cêntimos do que na semana anterior, verificando um aumento de 0,32%.

Ao comparar com o início de 2025, o cabaz já ficou mais caro 3,56 euros (1,51%) e, face ao mesmo período de 2024, está mais caro 4,81 euros (2,05%).

A DECO PROteste começou o acompanhamento do cabaz a 5 de janeiro de 2022. Desde então, o valor do cabaz alimentar encareceu 52,02 euros, uma subida de 27,72%. Semanalmente, a DECO analisa os preços segundo as principais cadeias de supermercados com loja online.

Maiores aumentos da semana

Na última semana, destacam-se pescada fresca, a alface frisada (mais 13%), o carapau (mais 12%) e os cereais integrais (mais 7%) como maiores subidas de preço.

Ao olhar para o início do ano, os maiores aumentos são ovos (mais 28%), carapau (mais 26%) e flocos de cereais (mais 16%).

Desde o início da análise da DECO, em 2022, os maiores aumentos são na carne de novilho para cozer (mais 94%), nos ovos (mais 81%) e na polpa de tomate (mais 65%).

Fim da isenção do IVA nos alimentos

A DECO PROteste destaca que, desde o fim da isenção de IVA sobre bens alimentares, entre 18 de abril de 2023 e 4 de janeiro de 2024, o preço do cabaz de 41 produtos anteriormente abrangidos por essa isenção subiu 4,96 euros. Este é um aumento de 3,49% e passou, assim, de 141,97 euros para 146,93 euros.

Os maiores aumentos desde então verificam-se na carne de novilho para cozer (mais 37%), na dourada (mais 36%) e nos ovos (mais 35%).

A isenção de IVA sobre 46 tipos de alimentos foi uma medida do Governo em março de 2023, depois de um acordo com os setores do retalho e da produção agroalimentar, para travar a escalada dos preços. Os produtos isentos foram escolhidos com base nas recomendações da Direção-Geral da Saúde e correspondiam a alimentos de consumo comum pelas famílias portuguesas.
O aumento do preço dos alimentos nos últimos três anos é explicado por fatores externos. Destaca-se a guerra na Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022, tendo impacto direto nos preços dos cereais e outras matérias-primas, pois o país era um dos principais fornecedores da União Europeia.

A situação agrava os efeitos da pandemia de covid-19 e da seca prolongada, afetando toda a cadeia de produção agroalimentar.

A escassez de matérias-primas e o aumento dos custos com energia e fertilizantes também têm um papel nestes aumentos.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) aponta que, após três meses consecutivos de descida, a taxa de inflação voltou a subir em abril, situando-se nos 2,1%, face aos 1,9% registados em março.

Apesar de ser inferior aos picos de 2022 (7,8%) e 2023 (4,3%), este aumento poderá indicar nova pressão sobre os preços no curto prazo.

ovilaverdense@gmail.com

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