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Israel e Hamas chegam a acordo sobre cessar-fogo e reféns em Gaza

O governo israelita e o Hamas chegaram a um acordo que permitirá pôr termo aos combates em Gaza e libertar gradualmente os reféns e os prisioneiros palestinianos, avançou o The Times of Israel, que cita duas fontes, uma norte-americana e uma árabe.

Também o Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, confirmou a existência do acordo e avançou que a libertação dos reféns está “para breve”.

O Hamas aprovou o acordo e entregou a sua resposta aos mediadores, disse à CNN Basem Naim, alto funcionário do Hamas.

Numa declaração separada, o grupo afirmou que tinha consultado os grupos militantes aliados relativamente ao acordo proposto.

“O movimento lidou com este assunto com total responsabilidade e optimismo, decorrente do seu dever para com o nosso povo firme e resistente na Faixa de Gaza, para parar a agressão sionista contra eles e pôr fim aos massacres e genocídio que estão a enfrentar”.

A Axios, citando uma fonte governamental dos EUA, avança que Israel e Hamas já chegaram a um acordo para pôr fim ao conflito na Faixa de Gaza.

O Governo israelita deverá reunir-se na quinta-feira para ratificar o acordo.

TERMOS DO ACORDO

O acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas terá um período inicial de seis semanas de total pausa dos combates na Faixa de Gaza, indicou uma fonte informada das negociações à Reuters.

Como parte do acordo de paz, escreve a agência, o Hamas comprometeu-se a libertar 33 reféns, incluindo todas as mulheres, civis ou militares, crianças e homens com idade superior a 50 anos. O grupo palestiniano vai primeiro libertar as mulheres e os menores, e só depois os homens com mais de 50 anos.

Os reféns serão libertados ao longo da fase inicial de cessar-fogo de seis semanas, com três reféns a serem libertados por semana e os restantes até ao fim desta fase inicial. Os reféns vivos serão libertados primeiro, com alguns corpos de reféns mortos a serem entregues posteriormente.

O lado israelita, por seu turno, comprometeu-se a libertar 30 palestinianos por cada civil israelita libertado pelo Hamas, e 50 palestinianos por cada soldado israelita libertado.

O governo israelita compromete-se também a libertar todas as mulheres e pessoas com menos de 19 anos detidas desde 7 de Outubro de 2023 até ao final da primeira fase da invasão da Faixa de Gaza.

No total, Israel deverá libertar entre 990 e 1.650 detidos palestinianos, avança a Reuters.

A implementação do acordo de paz ficará a cargo de Catar, Egipto e EUA.

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