O Nova Arcada, em Braga, foi vendido pela Caixa Geral de Depósitos (CGD) ao fundo israelita MDSR, anunciou esta quinta-feira Sonae Sierra, a empresa responsável pela gestão do centro comercial. A transacção rondou os 45 milhões, avança o ECO.
Esta é a primeira operação do MDSR, com sede em Televive, em Portugal que, no início do ano passado, já tinha demonstrado interesse em estrear-se no mercado nacional, depois de ter uma carteira com mais de 30 activos em Espanha.
“Temos vindo a observar o mercado português há algum tempo, pois acreditamos que ainda está cheio de oportunidades. Com a aquisição da Nova Arcada, concluímos um de nossos objectivos de entrar no mercado com um activo de primeira. O centro comercial Nova Arcada é um centro moderno, com grandes e reconhecidas lojas âncora e ainda com um imenso potencial de crescimento”, diz Ran Shtarkman, CEO e co-fundador da MDSR, citado no comunicado da Sonae Sierra.
Do lado da Sonae Sierra, Cristina Santos, administradora responsável pela área de gestão da empresa na Ibéria, salienta que este centro comercial se trata de um “verdadeiro caso de estudo de revitalização e reposicionamento de um activo imobiliário”.
O shopping continua a ser gerido pela Sonae Sierra.
VÁRIOS DONOS
Com mais de 71 mil metros quadrados, o centro comercial abriu em Março de 2016 sob o nome Nova Arcada, pondo fim ao antigo Dolce Vita Braga, depois da falência da mobiliária espanhola Chamartín, que entregou todos os activos que tinha à banca, incluindo este, que acabou nas mãos da CGD.
Antes, em 2012, o banco público acordou com a Sonae Sierra que esta ficaria a gerir o centro comercial, que conta com 108 lojas, incluindo um IKEA, Continente e uma unidade hospitalar, a Trofa Saúde.
Actualmente, o Nova Arcada recebe mais de seis milhões de visitantes e tem uma taxa de ocupação superior a 95%, refere a Sonae Sierra.