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Já começaram a ser retiradas árvores para construir ginásio contestado por moradores em Braga

O presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, afirmou esta segunda-feira que o projeto de construção de um ginásio na Rua Luís Soares Barbosa “vai avançar nos moldes previstos”, apesar da contestação dos moradores.

“A petição dos moradores [contra a construção] não vai mudar a decisão dos órgãos municipais”, referiu, sublinhando que os contratos foram assinados e estão em vigor e que a obra vai mesmo avançar.

O assunto foi levado esta segunda-feira à reunião quinzenal do executivo pelo vereador da CDU, Vítor Rodrigues, no preciso dia em que começaram a ser removidas as árvores existentes no local para permitir a construção do ginásio. Vítor Rodrigues perguntou por que razão é o município a proceder à remoção das árvores, que destino é que estas vão ter, qual o custo da operação e o porquê de a intervenção começar antes de ser dada resposta formal à petição dos moradores.

O presidente da Câmara disse que as árvores “vão ser replantadas noutro local”, adiantando ainda que é o município a proceder à remoção porque os promotores do ginásio “não tinham interesse nas árvores”.

Um munícipe, que interveio na reunião no período reservado ao público, disse que é “um dia triste” tanto para ele como para o vereador do Ambiente, Altino Bessa, que em 2015 “andou de enxada na mão” a plantar as árvores naquele local. Na altura, Altino Bessa disse que aquele seria o novo “pulmão verde” da cidade.

Em causa um espaço onde, em 2015, a câmara tinha plantado cerca de 50 árvores e onde agora vai nascer um complexo desportivo com ginásio e piscina, a cargo de um promotor privado. Para os moradores, a câmara está a pôr os “interesses imobiliários” à frente dos interesses ambientais e de quem ali vive, eliminando “o único espaço verde” ali existente.

Ricardo Rio já lembrou que não se trata de um espaço verde, mas sim de um local destinado a equipamentos, adiantando que, se não fosse o ginásio, provavelmente ali nasceria uma creche. O autarca disse ainda que foi cumprida “toda a tramitação formal em vigor”, que as licenças estão emitidas e que o contrato está feito.

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