Joana Amaral Dias oficializou a sua candidatura às eleições presidenciais, marcando o início da sua campanha com duras críticas a Henrique Gouveia e Melo, a quem acusou de representar “o pior do sistema político”. A candidata descreveu o próximo sufrágio como “uma batalha decisiva para o destino da pátria”.
Num comício realizado na Praça do Martim Moniz, em Lisboa, perante algumas dezenas de apoiantes, Joana destacou o ADN – partido que apoia a sua candidatura – como sendo “a única força verdadeiramente contrária aos interesses globalistas em Portugal”.
A ex-deputada alertou para o surgimento de um “grande bloco central no parlamento”, que descreveu como um triângulo político com Gouveia e Melo como “terceiro vértice”, considerando essa configuração “uma ameaça séria à democracia e às liberdades individuais”.
Na sua visão, Gouveia e Melo “serve os interesses instalados”, sendo o símbolo máximo de um sistema dominado por “interesses bélicos e pela indústria armamentista”. Acusou ainda o candidato de hipocrisia ao afirmar-se pró-vida: “Diz-se pró-vida, mas é o verdadeiro candidato pró-morte.”
Referindo-se a outros candidatos já anunciados, como Luís Marques Mendes e António José Seguro, afirmou que estes não representam uma verdadeira alternativa, pois, segundo ela, seguem a mesma “agenda ideológica dominante”.
Joana Amaral Dias afirmou que sente o dever de intervir num momento que considera de grande fragilidade para o país: “Portugal está perdido, sem rumo, sem esperança. É preciso uma alternativa, e estou aqui para oferecê-la.”
A candidata propôs-se enfrentar o que considera serem os verdadeiros desafios do país, apelando ao resgate da “independência, soberania, pão, paz e liberdade”. Como prioridades do seu mandato, prometeu dar especial atenção à área da saúde, lançar um debate sobre políticas de natalidade e combater o declínio demográfico nacional, que classificou como “ameaça à sobrevivência do povo português”.
Entre as medidas anunciadas, inclui-se ainda a realização de uma auditoria às contas públicas, com o objetivo de eliminar despesas consideradas desnecessárias, e o fortalecimento da identidade nacional através da promoção da língua e cultura portuguesas.
Joana Amaral Dias comprometeu-se também a defender a modernização da ligação ferroviária de Portugal com a Europa e enfrentou diretamente os que considera os “três maiores lóbis mundiais”: o farmacêutico, o alimentar e o da saúde.
No final do seu discurso, apelou ao apoio daqueles que ainda não se identificam com os principais candidatos e mostrou-se confiante: “Se chegar à segunda volta, ganharei.”