João Baptista, candidato da CDU à Câmara de Braga, alertou, esta segunda-feira, para as condições de trabalho na autarquia, presidida pelo social-democrata Ricardo Rio, que em alguns casos, “fazem lembrar o século XIX”.
Acompanhado por Sandra Cardoso, membro da Assembleia Municipal de Braga da CDU, o candidato comunista, que falava após uma reunião com o STAL – Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local, afecto à CGTP-IN, deu como exemplos a “falta ou o estado de degradação de instalações de apoio (descentralizadas) para os jardineiros, que não têm balneários/vestiários para trocarem de roupa e/ou tomarem um banho no fim do dia de trabalho, não têm um local digno para comer a sua refeição, não têm aquecimento ou condições dignas de higiene e segurança”.
“Num ano em que a Câmara de Braga anunciou ter o maior orçamento de sempre, é flagrante o contraste com a persistência de condições de trabalho, em alguns casos, a fazer lembrar o século XIX”, sublinhou João Baptista.
João Baptista lembrou que a CDU levou a reunião da Câmara as exigências dos trabalhadores, nomeadamente no que se refere à necessidade de construção de um novo estaleiro municipal, com melhores condições, “o que obrigou a que tivessem sido tomadas medidas no estaleiro do Parque da Ponte”.
Para o candidato ao município nas eleições autárquicas deste ano, “é necessário valorizar os trabalhadores da Câmara de Braga para a autarquia fazer mais pela população”.
“BLUFF”
O candidato reconhece que a transferência em curso de competências do Estado Central para as autarquias (transportes, educação, apoios sociais, habitação, saúde, cultura, entre outros) “comporta riscos muito grandes e corresponde a uma gritante desresponsabilização por parte da Administração Central”.
“Uma verdadeira regionalização é urgente, como sempre defendemos na CDU, não uma descentralização sem um envelope financeiro que a acompanhe, como está a acontecer nas autarquias do distrito e por todo o país. Ou tão-pouco um bluff como o da criação de uma área metropolitana no Minho”, diz João Baptista.
O comunista defende ainda “a urgência em mudar o rumo das políticas adoptadas pelo governo PSD/CDS relativamente aos trabalhadores da Administração Pública, que têm acentuado a degradação do seu poder de compra e conduzido ao seu empobrecimento, com os aumentos salariais a serem ultrapassados pelo aumento do custo de vida”.