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Jornal Correio do Minho vendido

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O jornal regional Correio do Minho foi comprado pelo seu actual director, o jornalista Paulo Monteiro. Fundado em 1926, o diário, com sede em Braga, muda assim pela quarta vez de mãos na sua história.

A venda do título, propriedade do empresário da construção civil Freitas Costa, foi comunicada aos trabalhadores na passada quarta-feira, dia 16, em reunião conjunta dos trabalhadores do jornal e da rádio Antena Minho, onde Paulo Monteiro é director-geral.

O PressMinho apurou junto de fontes do grupo Arcada Nova (constituído pelo Correio do Minho, Antena Minho e agência de publicidade e marketing Vértice) que na “curta” reunião, Monteiro informou que a reestruturação do jornal passaria pelo ‘emagrecimento’ do quatro de pessoal.

Segundo as mesmas fontes, logo após a reunião “uma dezena” de trabalhadores, nomeadamente os jornalistas “mais caros da casa” dos dois órgãos de comunicação social, começaram a ser contactados com vista à rescisão por mútuo acordo.

Aparentemente falta só “pôr o preto no branco” para que a venda do jornal seja anunciada.

As mesmas fontes adiantaram ao PressMinho que Freitas Costa vendeu o diário a Monteiro por “um valor simbólico”, mas com a obrigação de ser ressarcido do investimento que efectuou na empresa, que será “superior a 300 mil euros”.

Contactado pelo PressMinho, Paulo Monteiro, que tem também assento no actual conselho de administração do diário, não fala sobre a compra.

Fica assim por esclarecer, não só os valores envolvidos, o número de trabalhadores a dispensar e se a Antena Minho está incluída no acordo, mas ainda se Paulo Monteiro avançou para o negócio sozinho ou integrado num grupo de investidores.

Já Freitas Costa mostrou-se indisponível para falar do assunto.

Ricardo Rio, presidente da Câmara de Braga, já foi informado do acordo Freitas-Monteiro. Refira-se que o município bracarense é um dos maiores senão o maior, cliente do Correio do Minho, com a aquisição de publicidade de mais de 50 mil euros anuais, não incluindo as empresas do universo municipal como o Theatro Circo ou a InvestBraga. 

Depois de ter sido fundado em 1926 por um grupo de jornalistas, em 1934 passa para as mãos da União Nacional, o partido fascista do Estado Novo, onde se mantem até 1974, data em que volta para a esfera privada. Após o 25 de Abril de 1974, viu a sua actividade condicionada ora pelo Governo Civil, ora pela Câmara Municipal, até que em 1999 conquista uma total liberdade editorial através da sua privatização. 

Agora, o Correio do Minho inicia uma nova fase da sua vida que este comemorou 94 anos de publicação quase interrupta.

 

IMAGEM: Correio do Minho

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