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José Inácio Faria lamenta avaliações «simplistas e erróneas» do desempenho dos eurodeputados

O eurodeputado José Inácio Faria lamenta as recentes avaliações «acríticas, simplistas e erróneas» do desempenho e assiduidade dos eleitos ao Parlamento Europeu, feitas com «base em sites privados de rankings».

«Após alguns contactos envidados ao longo do mandato procurando explicações sobre a base de critérios de avaliação, tornou-se evidente que se tratam de plataformas privadas, de origem obscura face à sua gestão, funcionamento e financiamento que não respondem por nome, organização ou morada», critica.

Segundo o eurodeputado do MPT – Movimento Partido da Terra, «exemplo disto é a plataforma privada habitualmente citada na comunicação social portuguesa MEPRanking.eu, que refere as diversas possibilidades de financiamento “generoso”».

«Esta mesma plataforma comunicou, em 2017, uma alteração do algoritmo em que passaram a ser considerados, como um dos principais critérios, os cargos formais parlamentares ocupados por cada Eurodeputado (nas Comissões, Delegações e dentro do seu próprio Grupo Político, independentemente do trabalho efectivamente realizado em cada uma destas funções), bem como a inclusão de outros critérios de avaliação “sui generis”, como o número de “tweets”», refere.

Para José Inácio Faria, «o resultado é uma lista enviesada, fundada numa complexa grelha de “avaliação” com factores multiplicativos variáveis ao longo do ano, ao sabor dos interesses dos financiadores, o que põe em causa a independência destas avaliações que devem ser, por isso, lidadas com a devida precaução».

«Quando não existe uma análise cuidada e cruzada de toda a informação pública, inclusive a disponibilizada no site do próprio Parlamento Europeu (que tem uma fonte de financiamento transparente: o dinheiro dos contribuintes europeus), corre-se o risco de se propagar, não diria “fake news”, mas meias verdades que minam a transparência da atividade dos políticos eleitos», frisa.

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