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José Luís Carneiro eleito secretário-geral do PS

José Luís Carneiro foi este sábado eleito secretário-geral do Partido Socialista (PS). Candidato único, sucede a Pedro Nuno Santos, que se demitiu após os resultados das últimas eleições legislativas. Candidato único, José Luís Carneiro foi eleito com 95% dos votos – e 55% de abstenção. Dos 17,1 mil votantes, 16,3 mil votaram nele, registando-se ainda 661 brancos e 122 nulos.

Carneiro, derrotado por Pedro Nuno Santos em 2023, é o novo líder do PS. Desta vez, sem adversários.

O socialista votou esta tarde na sede concelhia do PS/Baião, na sua terra natal.

Esta noite, em Lisboa, fará uma declaração na sede nacional do PS, no Largo do Rato.

Na sexta-feira, os militantes votaram em 15 das 21 federações do partido. No sábado, foram às urnas os socialistas das restantes seis distritais: Açores, Algarve, Braga, Coimbra, Porto e Viseu.

José Luís Carneiro, de 53 anos, apela à união interna no partido, sem «golpes recíprocos» ou ficar a olhar para dentro, assegurando que não fará «ataques pessoais e superficiais na praça pública».

Promete que, sob a sua liderança, o PS será «determinado e enérgico na oposição» perante o que considerar retrocessos, mas também não terá receio em «promover consensos democráticos».

DEFESA DO ESTADO SOCIAL

O novo secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, colocou o futuro do Estado social no centro do seu primeiro discurso como líder do partido, acusando o Governo de «querer abrir o caminho a negócios com funções sociais» e alertando para uma «ameaça» ao modelo solidário do país.

«O PS usará todos os instrumentos de fiscalização para se opor a medidas erradas, injustas e ineficazes», garantiu.

O líder socialista deu como exemplo a possibilidade de estudantes terem de recorrer a empréstimos bancários para pagar os estudos superiores, reafirmando que «o PS exercerá em pleno o papel de oposição» para defender os direitos sociais e garantir igualdade de oportunidades.

Na sede nacional do partido, em Lisboa, José Luís Carneiro afirmou assumir o cargo com «honra e responsabilidade», sublinhando que pretende um PS que mantenha «valores e princípios» socialistas, e agradeceu a militantes e independentes que se mobilizaram para apoiar a sua candidatura.

Entre as prioridades para a sua liderança, destacou a necessidade de responder às «necessidades das pessoas nos rendimentos, saúde, habitação, transportes e condições de vida», para garantir um futuro mais justo e solidário.

O novo líder socialista apontou ainda para a realização de uma convenção autárquica no final de agosto ou início de setembro, e sublinhou que o Governo terá de mostrar se vai tomar decisões de futuro ou se ficará preso ao imediatismo que, acusou, fomenta divisões na sociedade.

ovilaverdense@gmail.com

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