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José Luís Carneiro oficializa candidatura ao PS para o tornar «o maior partido português»

José Luís Carneiro oficializou, esta tarde, a sua candidatura à liderança do Partido Socialista. Reconhece que o PS «está a viver um momento muito difícil», mas quer «levar o PS de novo a um lugar à altura da sua história», que é ser «o maior partido português».

Para isso, sabe que tem de falar para dentro e para fora e foi o que tentou fazer na apresentação formal da sua candidatura às eleições diretas marcadas para os dias 27 e 28 deste mês.

Para fora, deixou a promessa de uma «oposição responsável e firme» ao Governo, mas aberta a consensos. Para dentro um aviso aos que lhe tentarem minar o caminho: «Não nos perdoarão se ficarmos agora a olhar para o nosso umbigo ou nos entretivermos a golpearmos reciprocamente».

Num discurso no Largo do Rato, José Luís Carneiro apelou à união interna no partido. O atual deputado socialista assegurou que não fará «ataques pessoais e superficiais na praça pública» e prometeu «voltar a fazer do PS o maior partido português».

O ex-ministro da Administração Interna considerou que «aqueles que serão deixados para trás por políticas neoliberais», «discriminados por políticas conservadoras», ou que não verão melhorias na sua qualidade de vida, nos salários ou serviços públicos, não perdoarão o partido se ficar a «olhar para o umbigo».

O até agora candidato único à liderança socialista reconheceu que o PS teve um «resultado que não desejava» nas legislativas de maio, tendo perdido votos «para a direita em todos os grupos sociais».

No entanto, pediu que se «desengane quem confunde essa reflexão com tentações de ajustes de contas internos e com cedência a tentativas de aproveitamentos por parte» dos principais opositores do PS, uma passagem do seu discurso que mereceu vários aplausos da plateia.

O candidato prometeu ainda que, caso seja eleito, o partido será «determinado e enérgico na oposição» perante o que considerar retrocessos, mas também não terá receio em «promover consensos democráticos».

Carneiro defendeu que o PS «não é um partido da crítica pela crítica, nem é um partido que possa transigir com caminhos de retrocesso económico e social».

Sem nunca referir explicitamente qualquer partido, José Luís Carneiro disse ser um homem «que sabe a diferença entre o fascismo e a democracia» e que não tem «grandes dúvidas sobre a grande superioridade do regime democrático dos últimos cinquenta anos», em contraponto com os «horrores da ditadura» do Estado Novo.

«Todos os que tentarem desvalorizar a grande obra da democracia serão sempre os nossos primeiros e os nossos maiores adversários», disse.

ovilaverdense@gmail.com

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