José Maria Cardoso, cabeça de lista do Bloco Esquerda (BE) pelo circulo eleitoral de Braga, defendeu, esta sexta-feira, a criação de um Ministério da Acção Climática responsável pela supervisão e transformação da economia e dos processos produtivos.
Na visita que efectuou ao Banco Português de Germoplasma Vegetal, do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, em Merlim, S. Pedro, Braga, explicou que o novo ministério resultaria da articulação das pastas da Agricultura, Florestas, Ambiente, Indústria, Energia, Transportes e Ordenamento do Território “no sentido da descarbonização; a transformação da agricultura e da floresta, através de um programa de transição ecológica agroflorestal, para garantir a transformação do actual modelo, centrado na monocultura e no elevado consumo de água e factores de produção poluentes, para uma nova agricultura de menor incorporação”.
“A temperatura do planeta está a aumentar e, com isso, os fenómenos metrológicos extremos são mais frequentes, pelo que temos de agir rapidamente para garantir a neutralidade carbónica da nossa economia até 2030″, afirmou.
José Maria Cardoso sublinhou ainda a importância do Banco para “a preservação de espécies, a investigação científica e o trabalho de proximidade junto dos agricultores”.
O candidato a deputado referiu que o Bloco tem vindo a acompanhar este organismo e percebe a falta de recursos daquele organismo público, tendo apresentado, em Janeiro de 2018, um projecto de resolução na Assembleia da República, para que o “Governo valorize devidamente a actividade”.
Em relação aos recursos humanos, José Maria Cardoso destacou o Programa de Regularização dos Vínculos Laborais Precários (PREVPAP), “cuja concretização dependeu do empenho do Bloco”, ao permitir a regularização da situação laboral de duas pessoas.