O vereador do PS José Morais voltou esta quinta-feira a mostrar o seu desagrado com o estado de conservação das estradas municipais de Vila Verde, acusando a Câmara de gastar mais de um milhão de euros numa «política do tapa buracos».
«Só em aquisição de material betuminoso, nestes últimos anos, a Câmara Municipal de Vila Verde gastou mais de um milhão de euros para tapar buracos nas estradas municipais. A este valor temos que acrescentar muitos outros custos, com destaque para os custos com a mão-de-obra, já que os trabalhos são feitos pelos funcionários da autarquia», refere.
Criticando o que diz ser de «política do tapa buracos», o vereador socialista diz que desta forma não será possível ter as estradas concelhias «devidamente transitáveis».
«Não aceitamos que se diga que os “remendos nas estradas” só não ficam bem por culpa de quem executa os trabalhos. Por muito competentes e profissionais que sejam os trabalhadores camarários, não é possível resolver, nem sequer remediar, buraco atrás de buraco, e há estradas que são autênticas mantas de retalho», critica.
José Morais considera que «Vila Verde não tem uma rede viária municipal moderna e os problemas do trânsito agravam-se de dia para dia», sublinhando que o dinheiro utilizado para «tapar buracos» permitiria «arranjar em definitivo duas estradas municipais, incluindo a colocação de tapete de asfalto, valetas e rails».
«Se a este valor de mais de um milhão de euros juntássemos as poupanças em algumas festas, ajustes directos e outras que propusemos, estariam encontrados os recursos financeiros para resolver os problemas de todo o traçado municipal», frisa.
MUDANÇA DE PRIORIDADES
No comunicado, o vereador socialista faz «um apelo público ao presidente da Câmara para que mude as suas prioridades políticas».
«Queremos que a Câmara ataque de frente o problema das más condições das estradas municipais, optando por soluções definitivas e não por soluções provisórias de tapa buracos», reitera.
Num comunicado emitido na segunda-feira, o PS já dera conta da necessidade de «requalificação urgente» de vias municipais e acusara o executivo de adiar o problema, por ter chumbado uma proposta para que quatro vias concelhias fossem intervencionadas já em 2019.
«A maioria do PSD votou contra as nossas propostas e prefere continuar com esta política irracional de ir tapando buracos em vez de resolver o problema para pelo menos as duas próximas duas décadas», diz o PS.
Fonte do executivo liderado por António Vilela reagiu dizendo que «o Plano de Actividades e Orçamento inclui a requalificação destas e de outras vias municipais e o PS não votou favoravelmente», acusando os socialistas de estarem a fazer «um truque político».
Em concreto, o PS pediu a requalificação da EM537 (Pico de Regalados/Gomide), 532-2 (Dossãos/Godinhaços), 1179 (Freiriz/Escariz/Parada de Gatim) e 566 (Turiz/Lage).