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Junta da Ribeira do Neiva contesta suspensão de autocarro entre Godinhaços e Vila Verde

A Junta da Ribeira do Neiva manifestou esta sexta-feira o seu descontentamento com a decisão de suprimir a ligação de autocarro entre Godinhaços e Vila Verde a partir da próxima semana.

«A União de Freguesias da Ribeira do Neiva vem, por este meio, manifestar o seu descontentamento com as medidas protocoladas pela CIM Cávado, em conjunto com os Municípios envolvidos, incluindo Vila Verde, relativas à supressão de transportes públicos nesta união de freguesias», refere.

Num comunicado dirigido à Direcção da CIM Cávado, a Junta diz ter sido surpreendida, esta sexta-feira, «com a informação de que o transporte público realizado pela empresa Transdev, que vai desde Godinhaços, que delimita a zona Norte da freguesia, até Portela das Cabras, mais a Sul, passando por Pedregais, Duas Igrejas, Azões, Rio Mau e Goães, será suprimido a partir do dia 8 de Março, ou seja, já na segunda-feira».

«Habitualmente, este transporte realiza-se todos os dias úteis, às 7h30, 9h20 e 13h00, entre Godinhaços e a sede do concelho [Vila Verde]. Em sentido inverso, às 10h35, 12h05, 16h30 e 17h10», acrescenta.

No texto, o executivo liderado por Carlos Machado lembra que a União de Freguesias da Ribeira do Neiva, «a maior do país», tem aproximadamente cerca de quatro mil habitantes e que «muitos deles servem-se do transporte público para deslocação».

«A Junta de Freguesia entende que o contexto pandémico e o fecho das escolas (a 15 de Janeiro, já lá vão quase dois meses) obriguem a uma redução do horário dos transportes públicos, mas não pode aceitar que, de um momento para o outro, sem qualquer contextualização válida para o efeito, se suprima este serviço que, não sendo considerado um bem essencial, é de extrema importância e afecta directamente a vida da população», frisa.

A autarquia apela, por isso, a que a decisão seja «reconsiderada».

IRMÃS SEM TRANSPORTE

No comunicado, a Junta dá o exemplo de duas irmãs, Alzira e Isabel, naturais de Azões, que trabalham na Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde. Nenhuma delas tem carta e precisam de se deslocar, pelo que habitualmente usam o autocarro.

«Damos um exemplo concreto da necessidade diária que o transporte público representa para a nossa população: Alzira e Isabel Amorim Fernandes, residentes na freguesia de Azões, são duas irmãs que não possuem carta de condução nem qualquer meio alternativo ao transporte público para trabalhar», refere.

Com a supressão desta ligação, «não há solução para estas senhoras irem trabalhar». «Este é apenas um de muitos exemplos de cidadãos que, todos os dias, precisam do transporte público nas suas vidas, seja qual for o motivo da sua utilização», reitera a autarquia.

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