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“Kissing my ass”: Trump acusa países de bajulação ao negociar novas taxas

Numa declaração durante um jantar do Comité Nacional Republicano, esta terça-feira, o presidente norte-americano, Donald Trump, disse “kissing my ass”, para descrever que os países estão a bajulá-lo na negociação das tarifas impostas pelos EUA.

«Estou a dizer-vos, estes países estão a ligar-nos, a bajular-me. Estão a morrer para fazer um acordo. ‘Por favor, por favor, senhor, deixe-me fazer um acordo. Eu faço qualquer coisa», aponta Trump.

Durante o discurso, num jantar do Comité Nacional Republicano para o Congresso,  usou a expressão “kissing my ass” que, em tradução literal, significa “beijar-me o traseiro”.

Esta quarta-feira entram em vigor as tarifas dos EUA, somando-se à mínima global de 10%, aplicada já em 5 de abril.

Na semana passada, Donald Trump, num dia chamou de “dia da libertação”, anunciou uma tarifa de 10% sobre 184 países e territórios, incluindo a União Europeia (UE), além da imposição de uma tarifa adicional para aqueles que considera os “piores infratores”.

São tarifas «recíprocas», sendo metade da taxa aplicada pelos outros países aos EUA, diz Trump. Assim, está em vigor uma taxa de 20% nas importações da União Europeia e 34% sobre os produtos chineses, enquanto os produtos da Índia passam a pagar 26%, de Taiwan 32% e do Vietname 46%.

Quanto ao Japão, estava prevista a taxa de 24%, mas o país está em negociações com os EUA.

Esta terça-feira, foi anunciado que os EUA vão taxar em 104% as importações chinesas, a cumprir a ameaça de aumento das tarifas em 50 pontos percentuais depois de a China ter anunciado que vai impor uma taxa de 34% nas importações de todos os produtos dos Estados Unidos a partir de 10 de abril.

A UE espera apresentar uma taxa de 20%, como resposta, na próxima semana.

Segundo os EUA, estas taxas «permanecerão em vigor até que o presidente Trump determine que a ameaça representada pelo défice comercial e pelo tratamento não recíproco subjacente seja satisfeita, resolvida ou mitigada».

Esta ordem «também contém autoridade de modificação, permitindo que o presidente Trump aumente a tarifa se os parceiros comerciais retaliarem ou diminua as tarifas se os parceiros comerciais tomarem medidas significativas para remediar acordos comerciais não recíprocos e se alinharem com os Estados Unidos em questões económicas e de segurança nacional».

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