LAGE (Vila Verde)

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Lage. Emoção, lágrimas e dor na homenagem às vítimas da trágica explosão da pirotecnia de Bouçós

Lágrimas, palmas, emoção e dor marcaram, ontem, a homenagem às vítimas da trágica explosão, ocorrida no dia 28 de março de 1975, na pirotecnia da Lage, sediada no lugar de Bouçós.

Aos muitos populares presentes, juntaram-se familiares das vítimas, alguns vindo propositadamente de França, a presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, Júlia Fernandes, e vários elementos da Junta de Freguesia da Lage.

Cinquenta anos depois, foram recordadas as 7 pessoas que naquela sexta-feira santa, pouco depois das 15h00, perderam a vida, cinco delas todas da mesma família (duas crianças), numa violenta explosão.

Após meio século passado, continuam bem visíveis naquela população as memórias daquela data e daquele local, onde se ultimavam encomendas de foguetes para a Páscoa.

“Terrível”, “pareciam bombas de guerra” e “foi tudo pelo ar”, foram algumas das descrições que alguns habitantes fizeram ao jornal “O Vilaverdense”.

A cerimónia de homenagem teve início com uma missa, seguindo-se uma romagem ao cemitério, colocando-se flores nas sepulturas e rezando pelas almas dos falecidos.

A terminar, houve, na sede da Junta da Freguesia da Lage, uma sessão evocativa, onde se falou sobre a história desse acontecimento e de quem lá perdeu a vida.

“Perdi a minha mãe e tive sorte não perder mais ninguém”

O pradense João Gomes de Araújo Macedo recordou à nossa reportagem o dia 28 de março de 1975.

“A minha mulher foi chamar por mim a Braga, onde eu trabalhava, porque a minha mãe tinha morrido na explosão”, lembrou.

Ao azar, juntou-se, afirmou João, sorte.
“Só não foi pior porque a minha irmã tinha ido buscar canas ao barracão, uma minha prima tinha pedido dispensa nessa tarde e a outra minha prima ficou ferida nos calcanhares”, finalizou.

ovilaverdense@gmail.com

Por Emílio Costa (CO 1179)

 

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