A Escola de Medicina da Universidade do Minho, em Braga, foi o cenário do debate com juntou Francisco Louçã e profissionais da Unidade Local de Saúde (ULS) bracarense. A Parceria Público-Privada (PPP) que o Executivo da AD quer que regresse ao hospital de Braga foi (o inevitável) tema da conversa.
Louçã, cabeça de lista do Bloco de Esquerda por Braga às legislativas de 18 de maio, apresentou as propostas do partido na área da Saúde, caraterizadas por estarem, por exemplo, em contraponto com “o desejo do atual Governo trazer a parceria público-privada de volta a Braga”, intenção manifestada “já em cima” das Eleições Legislativas antecipadas.
No debate foi recordada a “viva memória os 10 anos de atraso e repressão que representou a PPP em Braga”.
De acordo com os dados avançados por Bruno Maio, candidato do BE às legislativas de 2024, a PPP traduziu-se “em oito milhões de euros em multas por desvio de doentes para outros hospitais públicos” e no aumento das listas de espera, a que se juntam “abusos laborais constantes, repressão sobre os trabalhadores que denunciaram esses abusos e permanentes tentativas de adulteração dos serviços e procedimentos para cobrar mais ao Estado”.
Já Francisco Louçã referiu que, desde o fim da PPP, o hospital “cresceu muito”, nomeadamente com “aumentos na produção cirúrgica e de consultas externas que chegam aos 50%”. Foi também melhorada a satisfação dos utentes que era, em 2023, ‘Muito Boa’.
“A AD não quer saber nem dos utentes satisfeitos, nem dos profissionais que recusam o regresso ao passado, nem do hospital que produz mais e melhor. Está apenas interessada nas suas clientelas – o grande negócio da doença e os seus grupos privados que anseiam por mais uma renda milionária paga pelo Estado”, rematou Francisco Louçã.
ovilaverdense@gmail.com