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Legislativas. “Porta-estandarte” de valores éticos, PNS diz que Montenegro era 12.º ministro de Passos que apoiou cortes

O secretário-geral do PS defendeu este domingo, num comício em Braga, que Luís Montenegro, enquanto líder parlamentar, era o 12.º ministro de Passos Coelho que “sempre apoiou os cortes”, garantindo que extinguirá o grupo de trabalho que irá estudar a reforma da segurança social. Já o cabeça de lista pelo distrito, José Luís Carneiro, considerou Pedro Nuno Santos o “porta-estandarte” padrões éticos “acima da média”.

“Aquela senhora que está ali estava-me a dizer há pouco que Pedro Passos Coelho lhe cortou 150 euros. E sabe quem é que era o líder parlamentar que sempre apoiou os cortes e a austeridade, que dizia mesmo que era o 12º ministro desse governo? Era Luís Montenegro”, afirmou Pedro Nuno Santos num comício no Theatro Circo, onde terminou o oitavo dia de campanha.

O líder socialista recusou o que disse ser a “conversa do ajustamento”.

“Tiveram sempre gáudio, tiveram sempre prazer em dizer que estavam a ir para lá da `troika`, fizeram com gosto o que fizeram e tentaram tornar mesmo permanente os cortes nas pensões, só não o conseguiram por causa dos chumbos do Tribunal Constitucional e da nossa vitória em 2015”, salientou.

“AGENDA ESCONDIDA”

Pedro Nuno Santos frisou que o PS tem um projeto que “quer dar segurança às pessoas” e que, por isso, defende “o sistema público de pensões”.

“Por isso é que para nós é tão importante denunciar a agenda escondida da direita. O José António Vieira da Silva liderou uma das reformas mais importantes da Segurança Social que lhe garante sustentabilidade. Ela não está em risco. Não enganem as pessoas. Não tentem meter medo às pessoas para fazer o que sempre quiseram: privatizar parte da Segurança Social”, frisou.

A “agenda está lá”, frisou, apontando para o grupo de trabalho criado [pelo Governo] para estudar a reforma da Segurança Social” e, para o qual, convidaram pessoas que “têm opiniões conhecidas, defendem a privatização parcial da Segurança Social”.

“É por isso que eu já tive a oportunidade de dizer que nós vamos extinguir esse grupo de trabalho. Porque nós não permitiremos que ninguém meta a mão no sistema público de pensões”, garantiu.

“PORTA-ESTANDARTE”

Na sua intervenção, o cabeça de lista socialista por Braga, José Luís Carneiro, defendeu uma democracia qualificada exige padrões éticos acima da média e que Pedro Nuno Santos é o “porta-estandarte” desses valores.

“Uma democracia qualificada, uma cidadania exigente exige padrões éticos acima da média e são esses valores que nós hoje também aqui estamos a defender”, afirmou o antigo opositor de Pedro Nuno Santos na disputa interna pela liderança do PS.

Para José Luis Carneiro, esses valores “são mesmo a antecâmara de tudo e de todas as outras conquistas”.

“E aquilo que nós desejamos é que o Pedro Nuno continue a ser esse referencial na defesa dessa integridade, desses valores, porque ele, legitimamente, é aquele que hoje é o nosso porta-voz e é o nosso porta-estandarte nestes valores para que eles voltem a imperar na República Portuguesa, ao serviço do Governo, ao serviço de toda a sociedade portuguesa”, afirmou.

“Camaradas, não esqueçam que a lei de fundamento democrático é o imperativo da razão e é o imperativo que dá a igualdade e confere à igualdade o seu conteúdo. E nós já vimos práticas despudoradas de quem não olha a meios para ganhar as eleições”, realçou.

Para acrescentar: “Se perguntassem a cada cidadão e a cada cidadã que está nesta sala se sabem que quando se faz obras em casa tem que se comunicar à Câmara Municipal, julgo que todos saberiam que tem que se comunicar à Câmara Municipal obras que se façam, mesmo que sejam de escassa relevância urbanística”.

“Como é que um primeiro-ministro formado em direito não sabe que tem que se comunicar à Câmara Municipal de Lisboa”, questionou.

Durante o seu discurso num Theatro Circo cheio de apoiantes socialistas, tendo alguns que ficar à porta, José Luís Carneiro disse que “há um objetivo fundamental que deve mobilizar a todos”.

“É o termos consciência coletiva de que hoje a extrema-direita está articulada em termos globais para atacar as democracias e as conquistas do Estado de direito liberal e democrático”, referiu.

ovilaverdense@gmail.com

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