REGIÃO

REGIÃO -

Linha da costa em Esposende vai recuar 28 metros até 2043

Share on facebook
Share on twitter

TÓPICOS

Share on facebook
Share on twitter

TÓPICOS

A linha da costa na faixa Parque Litoral Norte, em Esposende, vai recuar, em média, 28 metros até 2043, sendo a zona das Torres de Ofir “das mais vulneráveis” a nível regional e nacional, de acordo com um estudo apresentado esta quarta-feira na Universidade do Minho.

A projecção consta do relatório final do projecto CLICTOUR, cuja análise das tendências de evolução climática permitiu identificar alguns impactes previsíveis, com destaque para o agravamento da ocorrência de incêndios florestais, a redução dos recursos hídricos disponíveis e o contínuo recuo da linha de costa.

O trabalho de investigação, que contou com a colaboração do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), incidiu sobre três áreas naturais protegidas – o Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), o Parque Natural do Alvão (PNA) e o Parque Natural do Litoral Norte (PNLN) – com o objetivo de apoiar o desenvolvimento de um turismo resiliente às alterações climáticas nas áreas protegidas do Norte de Portugal.

No contexto do projecto CLICTOUR, a faixa litoral do PNLN foi monitorizada em diferentes momentos temporais, tendo sido possível, com recurso a drones, a criação de mapas digitais e modelos topográficos costeiros que permitiram projetar um recuo médio da linha da costa de 28 metros até 2043.

De forma geral, entre 2006 e 2023, a linha de costa retrocedeu em toda a faixa litoral do PNLN e só entre 2010 e 2023 recuou 19 metros.

De acordo com o documento, a que a Lusa teve acesso, a área mais crítica de todo o Parque PNLN corresponde à faixa litoral entre a extremidade norte da Restinga de Ofir (foz do rio Cávado) e a Praia da Bonança.

Este segmento costeiro, aponta o estudo, além de possuir taxas de erosão bastante superiores às de outras zonas do PNLN, sofre de uma enorme pressão turística, sendo a Praia de Ofir uma das mais movimentadas na região nos meses de verão.

A existência de edifícios e infraestruturas de turismo e habitação próximas à linha de costa leva a que esta zona “seja uma das mais vulneráveis à subida do nível do mar, tanto a nível regional, como a nível nacional”, tendo sido concretizados vários projetos de defesa costeira nesta zona ao longo dos últimos anos.

Os resultados demonstram ainda que a linha de costa neste troço retrocedeu, em média, 10 metros entre 2006 e 2023 (1,12 metros/ano), contudo, em alguns locais, verificou-se, desde 2006, um avanço do mar superior a 70 metros, devido às variações da extremidade norte da Restinga de Ofir.

Share on facebook
Partilhe este artigo no Facebook
Share on twitter
Twitter
COMENTÁRIOS
OUTRAS NOTÍCIAS

PUBLICIDADE

Acesso exclusivo por
um preço único

Assine por apenas
3€ / mês

* Acesso a notícias premium e jornal digital por apenas 36€ / ano.