A Casa do Conhecimento de Vila Verde acolheu, na tarde desta quarta-feira, a 5º sessão da Comunidade de Leitores Rede de Casas do Conhecimento, difundida por videoconferência para as Casa do Conhecimento da Universidade do Minho, pólo de Gualtar e de Azurém, de Boticas, de Montalegre e Paredes de Coura. A sessão centrou-se no livro “Eliete”, de Dulce Maria Cardoso, e contou com a análise e interpretação de Alberto Serra, jornalista com vasta experiência profissional na rádio, televisão e jornais.
Nota ainda para a participação especial do artista plástico Maciel Cardeira, que ao longo da sessão produziu uma obra plástica tentando retratar alguns dos temas e abordagens levantadas.
O Coordenador da Casa do Conhecimento de Vila Verde, Ismael Graça, apontou, sobre a obra – que entre outras temáticas aborda a influência das redes sociais – que «há uma artificialidade nas redes sociais, daquilo que é a vida real. Reflectem um alvo, pois há uma tentativa de mostrar o que queremos mostrar. Acabam, por isso, por reflectir o que a sociedade é».
Para Alberto Serra, a obra fica marcada por uma palavra: «solidão». «As redes sociais são consequência de uma conjuntura, onde as pessoas usam, abusam chegando alguns a ficar dependentes. Quanto menor a realização pessoal, maior é a tendência de a encontrar nas redes sociais».
SOBRE A OBRA
A obra retrata a vida normal de uma mulher, Eliete, o seu passado e o seu presente, um forte sentimento de mediocridade e de solidão que a acompanham, mesmo tendo uma vida profissional activa, uma família e uma grande amiga. Esta vida rotineira é abalada por uma sucessão de acontecimentos que provocam grandes reviravoltas, levando-a a reflexões que alteram a sua conduta, sofrendo grandes influências das redes sociais e de uma determinada aplicação web.
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