O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, garantiu esta terça-feira que os apoios para combater os incêndios no distrito de Braga aumentaram.
O comunicado do Ministério da Administração Interna (MAI) às redacções surge dias após Paulo Cunha, presidente da Distrital de Braga, ter reivindicado mais meios e apoio para prevenir os incêndios na região.
O MAI afirma que “a protecção de pessoas, bens e do meio ambiente contra os incêndios rurais é uma prioridade do Estado Português, a par com a crescente aposta na prevenção estrutural contra incêndios”.
O ministro aponta como exemplos dos investimentos realizados no distrito, o crescimento das transferências da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil às Associações Humanitárias do Distrito de Braga em 85% entre 2015 e 2022, passando de 2,8 milhões de euros em 2015 para 5,2 milhões de euros em 2022.
Ainda de acordo com os números do MAI, no mesmo período, as associações humanitárias receberam um total de 29 milhões de euros, “entre financiamento permanente e despesas extraordinárias”.
Quanto à criação de Equipas de Intervenção Permanente nos Corpos de Bombeiros do distrito, o ministério indica que o seu número “mais do que triplicou entre 2016 e 2023, passando de 12 equipas deste tipo para um total de 50 actualmente”, sendo cada uma delas constituídas por cinco bombeiros profissionais.
O MAI destaca ainda a criação, em 2018, de uma base da Força Especial de Protecção Civil, em Guimarães.
Para 2023, o MAI assegura uma “forte aposta na criação de melhores condições para os corpos de bombeiros de todo o país, tendo sido alcançado o maior financiamento permanente de sempre e a maior dotação do DECIR [Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais] de sempre”.
“Este ano estão afectos ao DECIR 13.891, a nível nacional, elementos provenientes de várias entidades. É um crescimento de 7,5% face a 2022 e 42% face a 2017. Estes elementos estarão repartidos por 3.084 equipas (mais 22 equipas do que em 2022) e serão apoiados por 2990 veículos (mais 157 veículos do que em 2022)”, explica
O MAI salienta que é “fundamental estarmos solidários e darmos uma palavra de estímulo às mulheres e aos homens que no terreno têm a função de combater os incêndios rurais, porque ainda teremos um período longo até ao final da época de maior perigo de incêndio rural”.
“A nossa energia e concentração está direccionada para pedir uma atitude responsável no uso do fogo a toda a sociedade, em particular aos cidadãos e às famílias, porque desde o início do ano cerca de dois terços dos incêndios foram provocados por uso negligente do fogo”, conclui o comunicado.