Algumas centenas de produtores de leite reuniram-se esta quarta-feira, em Ribeirão, Famalicão, para denunciarem os “preços insustentáveis” que o sector está a receber pela sua actividade, reivindicando uma subida da remuneração para cobrir os custos de produção.
O cortejo de tractores, que juntou agricultores de todo o país, promovida pela Associação de Produtores de Leite de Portugal (Aprolep), saiu de Ribeirão em rumo a sul pela Estada Nacional 14, passando propositadamente em frente às cadeias comerciais que estão na margem daquela artéria até chegar ao Pingo Doce da Trofa, onde depositaram caixas a simbolizarem caixões fúnebres, como alerta para a “morte do sector”.
“Desde o final do ano passado que a actividade de produção de leite se está a tornar insustentável. Estamos com margens negativas e não conseguimos produzir aos preços que nos estão a ser pagos”, começou por explicar Jorge Oliveira, presidente da Aprolep.
O dirigente lembrou que a média nacional paga aos agricultores por litro de leite ronda os 30 cêntimos, mas que, para as explorações serem sustentáveis, os produtores precisavam de receber, pelo menos, entre 35 a 36 cêntimos, apelando a um aumento do preço vendido na distribuição.