Para o Presidente da República é “inquestionável a importância capital que teve no 25 de Abril, o símbolo que constituiu de uma linha político-militar durante a revolução, que fica na memória de muitos portugueses associado a lances controversos no início da nossa Democracia”.
Depois de ter sido noticiada a morte do capitão de Abril, Otelo Saraiva de Carvalho, Marcelo apresentou as condolências à família, em comunicado, onde considera o coronel “um dos mais activos capitães de Abril”.
“Um dos mais activos capitães de Abril, exerceu funções muito relevantes durante a revolução e candidatou-se à Presidência da República em 1976. Afastado do poder na sequência do 25 de Novembro de 1975, viria a ser considerado, pela Justiça, envolvido nas FP25, condenado e amnistiado”, escreveu Marcelo Rebelo de Sousa.
Segundo a TSF o coronel, que criou o plano de operações militares do 25 de Abril de 1974, faleceu este domingo aos 84 anos no Hospital Militar.
Segundo o Chefe de Estado “é ainda cedo para a História o apreciar com a devida distância”.
“No entanto, parece inquestionável a importância capital que teve no 25 de Abril, o símbolo que constituiu de uma linha político-militar durante a revolução, que fica na memória de muitos portugueses associado a lances controversos no início da nossa Democracia, e que suscitou paixões, tal como rejeições”, completou.
O Presidente da República “consciente das profundas clivagens que a sua personalidade suscitou e suscita na sociedade portuguesa, evoca-o, neste momento como o Capitão que foi protagonista cimeiro num momento decisivo da História contemporânea portuguesa”.
“E relembra o que disse no último 25 de Abril acerca da aceitação que os Portugueses devem procurar construir, todos os dias, relativamente a sua História Pátria”, sublinhou Marcelo.