O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse esta quarta-feira, numa comunicação ao país, que o estado de emergência «é uma decisão excepcional para um tempo excepcional».
«Apostámos na contenção, para tentar limitar o contágio, ganhar tempo para preparar a resposta e evitar uma concentração muito rápida da procura de cuidados de saúde. Na contenção, o Serviço Nacional de Saúde, fez e continua a fazer heroísmo diário, pela mão dos seus notáveis profissionais. Os portugueses disciplinaram-se e foram e têm sido exemplares», frisou.
Explicando que «o que foi aprovado não impõe decisões concretas», o Presidente da República sublinhou que «o estado de emergência é um sinal político forte».
«Sabia e sei que muitos esperam do estado de emergência o milagre que tudo resolva num minuto, num dia, numa semana, num mês. Ainda assim, entendi ser do interesse nacional dar este passo», realçou.
Marcelo apelou ao envolvimento de todos nesta «guerra contra um inimigo invisível, insidioso e, por isso, perigoso».
«Temos todos de fazer por contribuir para ir o mais longe e o mais depressa possível nesta luta desigual. E quanto mais depressa formos, mais depressa poderemos salvar vidas, salvar a saúde, mas também concentrar-nos nos efeitos, a prazo, no emprego, nos rendimentos, nas famílias, nas empresas», vincou.
