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Marcelo Rebelo de Sousa defende continuação das medidas de contenção

O Presidente da República afirmou esta terça-feira que se impõe manter as medidas de contenção que vigoram em Portugal, referindo que essa foi uma opinião unânime na segunda reunião técnica sobre a situação da Covid-19 no país.

“Impõe-se manter as medidas de contenção, e foi uma opinião unânime. Voltando àquela imagem de há uma semana: importa manter a pressão na mola para que a mola não suba. Como uma prioridade para o nosso futuro imediato”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, no Infarmed, em Lisboa.

Questionado sobre a renovação do estado de emergência, o Presidente da República reforçou esta mensagem: “Não escondo que da reunião de hoje [terça-feira] decorre muito claramente como é importante dar um sinal de manutenção daquilo que foi adquirido e foi uma conquista dos portugueses que não pode nem deve ser perdida”.

O chefe de Estado, que falava no final da segunda sessão técnica de apresentação sobre a ‘Situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal’, defendeu que a evolução do surto “dá razões aos portugueses para continuarem a fazer o que têm feito e dá razão aos decisores políticos para decidirem no futuro imediato no sentido idêntico ao que decidiram no passado também imediato”.

Participaram também nesta reunião, assim como na primeira, a convite do primeiro-ministro, António Costa, para que a informação disponível seja partilhada por todos, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, líderes partidários, sindicais e patronais, e desta vez também os conselheiros de Estado, por vídeo-conferência.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, outra conclusão desta reunião foi a de que, “olhando para a evolução da curva dos casos positivos dos portugueses detectados como infectados há uma diferença apreciável entre a primeira fase dessa evolução e a fase mais recente”.

“E, mais do que isso, a continuar o que parece ser uma tendência, temos uma fixação em valores que podem vir a ser menos de metade, claramente menos de metade, em média, daqueles que se verificavam na primeira fase. E podem significar uma relação com o encerramento das escolas e com medidas de contenção já adoptadas”, completou.

Com o primeiro-ministro de um lado e o presidente da Assembleia da República do outro, a alguma distância, o chefe de Estado observou que, “se for isso assim – e os próximos dias poderão confirmar – essa é uma boa notícia, a premiar o esforço dos portugueses, que assumiram como tarefa colectiva compreender e praticar essa auto-contenção”.

Relativamente à renovação por mais 15 dias do estado de emergência, que termina às 23h59 desta quinta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que aquilo que ouviu dos especialistas foi um “passo importante, porque dá fundamento científico” à decisão política que será tomada na quarta-feira.

“O passo seguinte será, naturalmente, o da posição formal do Governo em concertação com o Presidente da República e depois a autorização da Assembleia da República”, disse.

Rebelo de Sousa, revelou esta terça-feira que daqui a uma semana, dia 7, haverá uma nova reunião para avaliar a situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal, na qual será apreciada a questão das escolas.

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