PAÍS (25 de Abril)

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Marcelo recorda o Papa para pedir «radical humildade» na sessão do 25 de Abril

A mensagem do Papa Francisco marcou as cerimónias nacionais do 51º aniversário do 25 de Abril. Marcelo foi mais longe e dedicou o seu último discurso numa sessão solene de celebração da Revolução dos Cravos a falar de Francisco «e do que a sua vida e obra pode ter a ver com o que significou e pode significar o 25 de Abril».

Na sua última sessão solene do 25 de Abril, Marcelo Rebelo de Sousa evocou Ramalho Eanes – o único antigo chefe de Estado presente no Parlamento -, a quem agradeceu o “contributo” para a Revolução dos Cravos. Aproveita para agradecer aos capitães de Abril presentes nas galerias e aos deputados da Assembleia Constituinte que estão no Parlamento.

Relembrou que deste 1977 que a sessão solene se realiza e que, desde então, é a primeira vez que acontece com um “Parlamento dissolvido” e com luto nacional decretado. Fala no voto de pesar unânime e faz referências ao papa Francisco, traçando paralelismos entre o Pontífice e o 25 de Abril.

A Revolução dos Cravos, atira, “nasceu num ambiente social muito tenso”, como a Guerra Fria, e numa altura em que as desigualdade social já se acentuava entre vários continentes. Com isto, questiona: “Como não encontrar nos apelos de Francisco alguns dos mesmos dramas?”

Falou, depois, nos emigrantes e imigrantes que diz serem “flagelados por novas e antigas pobrezas”, com direitos “suprimidos” e aponta aos “desafios” globais.

Num discurso curto, Marcelo Rebelo de Sousa fala sobre os anseios do papa Francisco, “sem recusas, sem intolerâncias, sem fronteiras entre puros e impuros”. Compara-os aos anseios que estiveram na origem do 25 de Abril.

Considerando que a celebração da Revolução dos Cravos deve ser “mais encarnação do que uma afirmação de missão já servida, mais futuro do que passado, para que não se confunda o fundamental com o acessório”.

“25 de Abril sempre”, diz, terminando: “O pleno e descomplexado abraço a todas as pessoas e a radical humildade que nos ensinou Francisco. O que tem o papa a ver com a Revolução? Tudo, tudo, tudo!”

Nos discursos dos partidos, houve até apelos ao voto por parte do CDS-PP e da Iniciativa Liberal.

A esquerda multiplicou as criticas ao adiamento das celebrações. E Pedro Nuno Santos encostou a AD ao Chega. Já André Ventura atacou diretamente o primeiro-ministro.

Teresa Morais, que foi a voz do PSD, destacou uma democracia consolidada, mas ainda imperfeita.

ovilaverdense@gmail.com

Com Agências

Foto: Tomás Silva / Observador

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