É mais um caso de longevidade em Vila Verde. Maria Oliveira, natural de Cervães e residente em Cabanelas, celebra esta quarta-feira 107 anos. Nasceu em plena 1ª Guerra Mundial, quando ainda se consolidava a 1ª República Portuguesa (05 de Outubro de 1910). Viveu o longo período do Estado Novo – com mais uma 2ª Guerra Mundial pelo meio, bem como uma gripe espanhola -, a revolução dos Cravos (25 de Abril de 1974), a pandemia Covid-19 e muitas outras peripécias históricas e pessoais.
Trabalhou sempre na agricultura e casou aos 27 anos em Panóias, tendo tido oito filhos e um número incontável de netos, bisnetos e outros descendentes. Desde os 9o anos, vive acompanhada ininterruptamente pela filha Maria de Fátima Manhente e suas netas. Dos oito filhos, apenas restam três.
«Os filhos (vivos) estão fora, mais afastados, e a minha mãe toma conta dela, 24 horas por dia», conta a neta Mia Teixeira. É que, apesar de não tomar medicação (apenas ferro e controle das tensões), perdeu a mobilidade. «É próprio da idade, mas continua lúcida», revelou a neta.
Maria Oliveira mantém, de resto, a jovialidade possível, própria de uma idade avançada, contando permanentemente com o apoio directo da filha e das netas.
«A minha mãe abdicou de tudo para tomar conta dela e nós damos todo o apoio», concluiu.
“SEMPRE FOI UMA PESSOA ALEGRE E CALMA»
Segundo a filha, Maria de Fátima Manhente, a sua mãe sempre foi uma «pessoa alegre, calma e com muita força de viver».
«Uns dias está melhor outros não tão bem, mas sempre muito calma e sossegada. Gosto muito de estar com ela», concluiu.
Por forma a assinalar o dia “especial”, recebeu esta tarde a visita de algumas amigas e integrantes da Conferência Vicentina de Cabanelas.