Apesar dos confrontos constantes com o grupo rebelde ex-Seleka UPC (União para a Paz na República Centro-Africana), os militares do 2.º Batalhão de Infantaria Paraquedista conseguiram entregar 1.700 toneladas de material escolar doado por escolas portuguesas.
O material escolar (compêndios, consumíveis e papelaria) foi doado, entre outros agrupamentos de escolas, pelo Agrupamento de Escolas Gonçalo Nunes e Escola Básica António Fogaça, em Barcelos, e Centro Social e Paroquial de Vilar de Perdizes, em Montalegre. Esta campanha de recolha realizada entre os dias 5 e 14 de Novembro foi coordenada e apoiada pelo Regimento de Infantaria N.º 19, sediado em Chaves.
A distribuição tem sido feita, apesar dos confrontos em que se vê envolvida a Força Nacional Destacada para aquele país africano. Esta iniciativa permitiu responder às carências sentidas por cerca de 1.200 alunos, com idades compreendidas entre os 3 e os 18 anos, dos quais 200 são órfãos.
COMBATES CONTINUAM
Já entre quinta e sexta-feira, os militares portugueses estiveram envolvidos em confrontos em Bambari, cidade a 400 quilómetros da capital, Bangui, anunciou o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA).
Em comunicado, divulgado esta segunda-feira, o EMGFA reporta que os militares portugueses “viram-se novamente envolvidos em confrontos em Bambari por forma a repelir bolsas de resistência de combatentes que se reagruparam na cidade a fim de reconquistar as posições perdidas nas últimas semanas”.
“Estas acções ocorrem após os violentos combates que se iniciaram no passado dia 10 e depois se estenderam a Bokolobo, principal bastião e posto de comando do grupo rebelde ex-Seleka UPC, 60 quilómetros a sudeste de Bambari”, lê-se na nota.