Cerca de meia centena estudantes da Universidade do Minho juntaram-se aos milhares de estudantes universitários que esta tarde de quinta-feira se manifestam em Lisboa para reivindicar o cumprimento do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES).
Convocado pelos movimentos Associativos e Federativos Estudantis Nacionais, o protesto exige em frente à Assembleia da República “responsabilidade política” para que a questão do alojamento estudantil esteja na lista de prioridades do novo Governo.
Entre os estudantes da universidade minhota está a presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho), Margarida Isaías, frisa em declarações à TSF que “concretização do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)” é outra das preocupações.
A representante dos alunos da UMinho. e aluna de Medicina, refere os atrasos, em particular, na construção da nova residência estudantil de Braga, na antiga Fábrica Confiança.
A dirigente estudantil recorda que, como foi noticiado, a existência de quartos inutilizados na residência de Santa Tecla, em Braga, devido a “problemas infra-estruturais” como infiltrações e presença de bolor nas paredes.
Agora, Margarida Isaías alerta também aos microfones da TSF. para a falta de cozinhas, de modo “a que seja possível aos estudantes principalmente ao fim-de-semana confeccionar refeições, visto que a cantina está encerrada”.
“Em Santa Tecla temos um fogão com duas ou três bocas para os muitos estudantes que aqui vivem. Na residência Lloy também não é suficiente e na residência de Azurém, em Guimarães, nem sequer temos isso [cozinha]”, denuncia.
O Dia Nacional do Estudante assinala-se no próximo domingo. A última manifestação estudantil nacional teve lugar em 2022, ano em que foram assinalados os 60 anos da Crise Académica de 1962.
Com o mote ‘Teto e habitação, um direito à educação’ a manifestação foi convocada pelas associações académicas de Coimbra, Açores, Algarve, Aveiro, Beira Interior, Évora, Madeira, Trás-os-Montes e Alto Douro, Minho e pela Federação Académica de Lisboa.
“São cada vez mais nítidas as dificuldades sentidas pelos agregados familiares portugueses em suportar a inflação desmedida no mercado imobiliário ponderado no momento de decidir investir na carreira dos seus educandos”, escrevem em comunicado os representantes estudantis.
As associações referem ainda que o Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior poderia ajudar a ultrapassar esta barreira, mas a sua concretização está demasiado demorada.