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Melgaço volta a dinamizar o Festival Internacional de Documentário

A 11ª edição do MDOC – Festival Internacional de Documentário de Melgaço regressa de 28 de julho a 3 de agosto, com uma programação de mais de trinta filmes em competição e reflexões com cineastas, investigadores, estudantes e público.

Os filmes serão, segundo a organização, revelados brevemente.

Há, ainda, várias secções que convocam à criação como é o caso do FORA DE CAMPO/Curso de Verão, espaço de participação que envolve agentes culturais, investigadores, artistas e realizadores. O tema central é “Cinema e Território”, com abordagens diferenciadas sobre o mundo em constante transformação. Conta este ano com a colaboração da DOCMA, Associación Española de Cine Documental, representada por realizadores como Sandra Ruesga, Raúl Alaejos e Alfonso Palazón.

No programa constam abordagens sobre cinema indígena / cinema local; Caravanas Farkas – identidade coletiva do nordeste no centenário de Thomaz Farkas (referenciado fotógrafo e cineasta brasileiro); Pirenópolis, a guardiã das águas, entre outros temáticas. A coordenação geral é de José da Silva Ribeiro (Universidade Federal de Pernambuco / AO NORTE) e de Alfonso Palazón Meseguer (Universidad Rey Juan Carlos – URJC). As inscrições estão abertas até 11 de julho e podem ser feitas neste link.

Uma das secções em destaque são as Residências do Plano Frontal, orientadas por Pedro Sena Nunes. A nova Residência Cinematográfica para jovens realizadores, finalistas e recém-licenciados do Ensino Superior nas áreas de Cinema, Audiovisuais e Comunicação decorre entre 25 de julho e 3 de agosto. Esta representa uma oportunidade para jovens cineastas desenvolverem um projeto documental em contexto real. Quatro equipas, compostas por três elementos cada, serão desafiadas a realizar documentários sobre temas locais, contribuindo para o arquivo audiovisual de Melgaço e para a valorização do património imaterial da região. As candidaturas estão abertas a equipas de três elementos até ao preenchimento das vagas.

A Residência Fotográfica propõe a três jovens o desenvolvimento de um projeto fotográfico durante dez dias num contexto imersivo, com o apoio de uma equipa dedicada e envolvimento direto no território. Cada fotógrafo selecionado beneficiará de uma bolsa individual de 2.000 euros. As inscrições podem ser feitas até 30 de junho, online.

A 11ª edição do MDOC volta, ainda, a ter a Oficina de Cinema, entre 28 e 31 de julho. A realizadora convidada será Margarida Cardoso, para partilhar métodos e experiências entre o documentário e a ficção. Este é um espaço de aprendizagem, escuta e experimentação prática, onde os participantes serão convidados a desenvolver ideias de filmes a partir de exercícios criativos e referências visuais e literárias. As inscrições estão abertas até ao dia 15 de julho e podem ser feitas neste link.

Já a 1 de agosto, a Casa da Cultura de Melgaço recebe Sandra Ruesga para uma Masterclass, “Explorar o Eu: Cinema Auto-referencial e Identidade na Obra de Sandra Ruesga”. A cineasta espanhola propõe uma imersão profunda no seu universo criativo, cuja obra se destaca pela fusão entre o pessoal e o político, o íntimo e o coletivo.

No mesmo espaço, a 3 de agosto, acontece mais uma sessão de X-RAYDOC, um espaço de reflexão e análise de filmes essenciais à História do Documentário. Com coordenação de Jorge Campos, esta sessão propõe o visionamento e a discussão de dois clássicos do cinema documental: Lettre de Sibérie (França, 1957, 67’) de Chris Marker e À Valparaíso (Chile/França, 1963, 27’) de Joris Ivens. A entrada é livre sujeita à lotação da sala.

O MDOC pertence ao coletivo de festivais europeus VIVODOC que promove a circulação e visionamento de documentários europeus. Integram esta rede o Majordocs (Maiorca, Espanha), Escales Documentaires (La Rochelle, França), Frontdoc (Aosta, Itália), One World Romania (Bucareste, Roménia) e o MDOC (Melgaço, Portugal).

ovilaverdense@gmail.com

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