Foi condenado, pelo tribunal de Braga, a seis anos de prisão, por tráfico de estupefacientes, um homem de 34 anos. O mesmo estava a ser investigado por outro crime e é membro de uma claque não-oficial do SC Braga.
Em 2024, a PSP de Braga, na casa do homem, com mandado de busca, procurava artefactos pirotécnicos da claque do clube que a direção não apoia. O mesmo estava acusado de participação em rixa em jogo entre o SC Braga e o Vitória SC. Nas buscas, as autoridades acabaram por encontrar 2,6 quilos de droga, sendo cocaína e ecstasy (MDMA).
Ao jornal O MINHO, o advogado de Bruno V., João Ferreira Araújo, aponta que vai recorrer a decisão Tribunal da Relação de Guimarães dizendo que a pena «é excessiva».
«Até o magistrado do Ministério Público defendeu nas alegações finais do julgamento que o arguido devia ser condenado por tráfico simples e não por tráfico agravado. Como eu defendo», referiu.
O homem está em prisão preventiva e, em tribunal, confessou que a droga encontrada no quarto, quatro gramas, era dele, mas apenas a consumo próprio.
De resto, foi encontrado no quarto de um filho, 1,6 quilos de cocaína e um quilo de ecstasy (valendo no mercado, respetivamente, 78 e 93 mil euros), que o arguido disse ser de um amigo que a pediu para a guardar, pagando-lhe dois mil euros.
A PSP apreendeu, ainda, 2.935 euros em casa, além de vários objetos usados no tráfico, declarados perdidos a favor do Estado.
A acusação afirma que «o estupefaciente encontrava-se em estado puro, podendo ainda ser cortado, aumentando, assim, largamente a quantidade a transacionar pelo arguido e em consequência o número de doses, e bem assim, a compensação remuneratória».
Destaca que o homem «fazia parte de uma claque do SC Braga, – que não tem claques oficiais nem apoia nenhuma – local onde contactava com outros indivíduos, a quem vendia grandes quantidades de produtos estupefacientes, essencialmente, para posterior revenda, auferindo avultadas quantias monetárias».
O Ministério Público refere que o mesmo tinha conversas de ‘chat’ que eram eliminadas pelo mesmo ou autodestruídas. Na rede social Telegram, foram encontrados vários contactos que fez com compradores e consumidores.
As autoridades apreenderam, ainda, na operação, balanças, colheres, tesouras, caixas em plástico, sacos de plástico, que «eram pelo arguido utilizados no corte, pesagem e doseamento dos estupefacientes».
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