Falta de civismo e pouca sensibilização são as justificações encontradas pelas autoridades locais para o depósito indiscriminado de resíduos na envolvente aos caixotes de lixo em vários pontos do concelho. E não há seleção. Vai tudo parar aos locais de depósito de lixos, dos monos ao papelão, resíduos de obras e restos de comida, como comprovam as fotos registadas esta manhã em Freiriz.
Acresce o facto de os resíduos serem colocados em dias em que não há recolha, mesmo tendo o alerta de que tal fato é punido com coimas que variam dos 250€ aos 22.500€.
NOVAS MEDIDAS
Com o intuito de aumentar a frequência de passagens de recolha e a eficácia na sensibilização, o Município de Vila Verde tem em marcha um novo concurso para a recolha de resíduos sólidos urbanos para os próximos dez anos.
Um concurso com base financeira superior a 11 milhões de euros, «uma fatura mensal de cerca de 92 500 euros», mas que prevê «o alargamento de circuitos» e «o aumento da sua frequência; revelou o vereador da tutela, Patrício Araújo, em declarações ao jornal ‘O Vilaverdense’.
O vereador assume que «muitas vezes, o serviço não é o mais eficaz», reconhecendo que a população «ainda se sente desconfortável com a quantidade de lixo nos contentores ou nas bermas das estradas».
No entanto, Patrício Araújo não deixa de advertir: «O que esperamos é não sermos obrigados (a aumentar as taxas)», diz. «Mas, para isso, é preciso que os vilaverdenses e as empresas colaborem connosco e que cada um faça a sua parte» na diminuição de volume de lixo.
«Isto porque, neste momento, 40% do lixo que vai para aterro, ainda é passível de reciclagem e 37% são bioresíduos».
Para o Vereador do Ambiente, «começando a reciclar mais, diminui-se a fração do lixo indiferenciado. E, além do concelho ficar mais limpo, as taxas mantêm-se».
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