O ex-presidente da Câmara de Braga, o socialista Mesquita Machado, foi, esta quarta-feira condenado, pelo Tribunal de Braga, a três anos de prisão, suspensos por igual período, pelo crime de participação económica em negócio, em concurso aparente com o de abuso de poder.
O coletivo de juízes absolveu, no entanto, os cinco ex-vereadores do PS, julgados pelo mesmo crime, em co-autoria.
O ex-presidente não compareceu à leitura do acórdão por se encontrar doente. Na opinião do tribunal, o antigo autarca teve intenção de favorecer patrimonialmente a filha e o genro, lesando o erário público.
O Tribunal concordou com a acusação, segundo a qual, o ex-autarca engendrou uma estratégia – a compra de três prédios – por três milhões de euros – para tentar salvar o genro, José Pedro Castro Rodrigues, e a filha que podiam ficar sem todos os bens pessoais – incluindo uma farmácia -, por causa de dívidas de 2,6 milhões de euros ao BCP e mais dois milhões a Manuel Duarte, um empresário da cidade.
Mesquita Machado, que esteve 37 anos na Câmara, nunca tinha sido condenado em julgamento.