JUSTIÇA

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Militar da GNR que ameaçou magistrados de Vila Verde está a ser julgado

Já está a ser julgado no Tribunal de Braga o militar da GNR, residente em Vila Verde, que é suspeito da prática de 66 crimes de difamação, injúria e perseguição, todos na forma agravada, na pessoa de uma juíza de Vila Verde e dois procuradores locais do Ministério Público. A segunda sessão decorreu esta sexta-feira.

Carlos Lima, de 36 anos, foi condenado no Tribunal local por causa de uma querela com uma família: o pai terá emprestado 100 mil euros a uma pessoa, e esta não os devolveu, o que terá motivado a intervenção do militar, com modos agressivos, tendo chegado a puxar da arma de serviço para a ameaçar. O caso foi para Tribunal que o condenou.

A seguir, e por ter sentido como injusta a condenação, “atacou” os três magistrados na rede social Facebook – com palavras ofensivas – e passou a ir ao Tribunal, para assistir a julgamentos presididos pela juíza e com a presença de um procurador.

43 CRIMES CONTRA A JUÍZA

O GNR é suspeito de ter cometido 43 crimes contra a juíza, 13 contra um magistrado e 10 contra o outro. Três são de perseguição.

O arguido terá abordado os magistrados na rua, num restaurante, e à entrada do Tribunal, pedindo esclarecimentos.

O Tribunal anota que Carlos Pereira Lima “sabia e sabe que, ao efetuar, as referidas publicações na sua página pessoal de “Facebook” denominada “Hibrahim Carolus”, ao frequentar o local de trabalho dos ofendidos e aí permanecer – bem como a aparecer e permanecer no restaurante “Palácio” quando os ofendidos aí se encontram a almoçar – e abordando-os, perturbava-os psicologicamente, agindo com o propósito, concretizado, de provocar-lhes medo e receio pela sua vida e integridade física bem como de prejudicar e limitar os seus movimentos, bem sabendo que desse modo os lesava na sua liberdade pessoal, como pretendeu e conseguiu”.

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