Violou uma mulher, filmou o crime e partilhou num grupo de Whatsapp. É mais um caso em que, quem viu o vídeo, não denunciou. O militar, do Exército português, foi agora condenado a sete anos de prisão.
O crime data de março de 2022, na Guarda, em que, durante uma hora e meia, um militar violou uma mulher de 25 anos, filmando tudo.
Depois de agarrar a vítima pelo pescoço disse-lhe: «se não fizeres o que quero, mato-te e violo-te depois de morta». A mulher foi obrigada a sexo vaginal, oral e anal.
Ainda, durante o crime, o homem gravou diversos vídeos que, depois, partilhou num grupo de Whatsapp onde estavam seis colegas do Exército e um amigo de infância do mesmo. Nenhum deles denunciou o crime.
Foi a vítima quem chamou a GNR e, depois da agressão, foi transportada para o hospital onde esteve internada durante três dias e precisou de ser submetida a cirurgia com anestesia geral.
O homem foi condenado a sete anos e meio de prisão, em cúmulo jurídico, pelo Tribunal da Guarda, por violação e devassa da vida privada na Internet.
As Relações Públicas do Exército português dizem à SIC que o criminoso «possui à data um vínculo contratual com o Exército sob a forma de Regime de Contrato», encontrando-se «em curso um processo disciplinar».
O Jornal de Notícias avança, ainda, que o Tribunal da Relação de Coimbra retirou seis meses à pena de primeira instância.
O condenado cumpre, assim, sete meses de prisão e deve pagar uma indemnização de 15 mil euros à vítima.
ovilaverdense@gmail.com