A Ministra da Coesão Territorial esteve esta terça-feira no concelho de Vila Verde, onde inaugurou vários equipamentos e destacou a importância de os territórios possuírem serviços descentralizados e de proximidade para fixarem as populações.
No início da visita, Ana Abrunhosa inaugurou os novos edifícios do Centro Social da Paróquia de Covas e da extensão de saúde do Vade, que já se encontram em funcionamento, depois de terem sido totalmente reabilitados.
Em ambas as situações, as obras foram lançadas pela Câmara de Vila Verde, com recurso a fundos comunitários, representando um investimento total de 450 mil euros no caso do Centro Social e de 300 mil euros no caso da extensão de saúde.
A governante presidiu depois à cerimónia de lançamento da primeira pedra da obra de requalificação da extensão de saúde de Pico de Regalados, que custará 730 mil euros, com fundos do Município e comparticipação de verbas europeias.
Ainda em Pico de Regalados, foi inaugurado o novo Espaço do Cidadão, instalado na antiga escola primária, fechando assim uma verdadeira maratona realizada ao longo da manhã.
PROXIMIDADE E QUALIDADE
No discurso, a Ministra sublinhou a importância de os territórios possuírem serviços de proximidade que contribuam para a coesão territorial do país e garantiu «total empenho» do Governo para que isso aconteça.
«Não vale a pena falar de turismo ou dizer às empresas para investir se não tivermos estes serviços públicos de proximidade e com qualidade. Temos de adoptar políticas diferenciadoras para melhorar a vida dos nossos cidadãos», apontou.
No âmbito da descentralização, Ana Abrunhosa sublinhou que essa é uma aposta que tem vindo a ser feita e que será «reforçada», «com competências e com meios», nomeadamente financeiros, como os Municípios têm reclamado.
«O Governo está a tentar que, pela primeira vez, as Juntas de Freguesia possam ser beneficiadas nos fundos comunitários, procurando valorizar projectos de grande proximidade com as populações», anunciou.
COESÃO DO CONCELHO
A coesão territorial dentro do próprio concelho foi uma ideia defendida pelo presidente da Câmara de Vila Verde, António Vilela, para quem «só assim» é possível fixar populações e evitar a desertificação.
«Em Vila Verde temos duas realidades completamente distintas: a Sul com uma zona mais urbana e a Norte onde há perda de população, um território mais despovoado e com outras exigências. Temos de nos aproximar, de aproximar os serviços, porque só assim podemos dar respostas e manter as populações», frisou.
O autarca considera que «é fundamental que a descentralização se faça», quer «do Terreiro do Paço [Lisboa] para o interior do país, quer nos próprios Municípios, das zonas mais urbanas para as zonas periféricas».
«É um processo que assumiremos com determinação, criando serviços e levando investimento para junto dos lugares onde faz mais falta», garantiu.