O ministro das Infra-estruturas e da Habitação confirmou esta sexta-feira que o arranca de uma linha entre Porto e Braga a servir o aeroporto Sá Carneiro está previsto para 2030.
Pedro Nuno Santos confirmava, assim, ao Jornal Económico o que Carlos Fernandes, vice-presidente IP e antigo CEO da Rave, empresa responsável pela chegada do TGV a Portugal, avançar antes ao mesmo jornal.
Carlos Fernandes avançou ao Jornal Económico que a Infra-estruturas de Portugal (IP) vai submeter os primeiros estudos de impacte ambiental para a construção da linha ferroviária de alta velocidade Lisboa-Porto em 2022 para as obras começarem em 2023. Já em 2030, arranca nova linha entre Porto e Braga.
“O que nós [IP] estamos a fazer é a actualizar todos os corredores que estudámos há 10 anos, estamos a pedir informação aos municípios e vamos fazer novos estudos de impacto ambiental (EIA), que vamos submeter no início de 2022”, avançou, em entrevista ao Jornal de Negócios, Carlos Fernandes vice-presidente IP e antigo CEO da Rave, empresa responsável pela chegada do TGV a Portugal.
O objectivo é que, até ao final deste ano, os estudos entre Soure e Porto, que o Governo definiu como a primeira etapa da alta velocidade, estejam concluídos “para que no início de 2022 possam ser submetidos à avaliação de impacto ambiental (AIA)” e depois, no ano seguinte (2023) serem lançadas “as primeiras grandes empreitadas de concepção e construção deste projecto”.
O mesmo confirmou o ministro das Infra-estruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, em entrevista ao mesmo jornal.
“A IP está a actualizar os projectos que tinham sido desenvolvidos no tempo da RAVE e o nosso objectivo é voltar a submeter estes projectos a AIA no início do próximo ano”, declarou.
Quanto ao prazo final da obra, Carlos Fernandes apontou o ano de 2027 ou 2028 para finalização do troço entre Soure e Porto, que já baixava o tempo de viagem Lisboa-Porto para as duas horas.
Depois, a segunda fase, entre Soure e Carregado deve estar finalizada em 2030, baixando para 01h17 o tempo entre Campanhã e Oriente.
Adicionalmente, Pedro Nuno Santos revelou que numa fase seguinte, em 2030, “será construída uma linha entre Porto e Braga a servir o aeroporto Sá Carneiro”.
Quanto ao plano da Ferrovia 2020, que tem de ser finalizado até 2023, o governante esclareceu que há obras em quase todas as linhas portuguesas, “com excepção do Algarve, que está em fase de contratação, e do Douro, que é a única que ainda está em fase de projecto”. No total são mil quilómetros de linhas a sofrerem algum tipo de intervenção, dos quais três quartos têm “obras em curso ou já concluídas”.
Apesar dos atrasos sentidos em alguns concursos, o socialista está convencido que Portugal não vai perder os fundos comunitários afectos à Ferrovia 2020 pois os projectos entraram em “velocidade de cruzeiro”.