O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, procedeu ao descerramento da primeira pedra do canal interceptor de protecção e gestão de riscos, cheias e inundações da cidade de Esposende.
A obra ultrapassa os 5 milhões de euros e deve estar concluída na próxima Primavera, ficando em curso apenas o controlo das sementeiras e podas necessárias durante um período de aproximadamente dois anos.
“Até há bem pouco tempo, muitas obras não se faziam, porque se perdia tempo a discutir sobre quem era responsável. O governo ou as autarquias? Temos inscritos no PO SEUR (Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos) 100 milhões de euros para reabilitar a rede hidrográfica do país que compreende três mil quilómetros e ribeiras”, referiu o ministro.
Relativamente à obra que agora arrancou em Esposende, Pedro Matos Fernandes alertou que o projecto não pretende “fazer um sulco na paisagem. Não é uma ‘ferida’ e será tratada pelas melhores técnicas de engenharia natural”.
O presidente da Câmara Municipal, Benjamim Pereira, justificou a importância desta obra, lembrando as cheias de Outubro de 2013 que causaram prejuízos avultados na cidade. “Esta é uma obra de coeficiente de dificuldade elevado, mas mais que necessária para resolver um problema estruturante da cidade”, afirmou, aludindo ao “território morfologicamente muito plano que rapidamente satura de água”.
Para o autarca, esta obra assume importância acrescida, na medida em que baliza “a capacidade de construção urbana para as próximas décadas”.
Este projecto decorre da decisão do Ministério do Ambiente, de 22 de Fevereiro, de 2016, que classificou Esposende como zona crítica, no âmbito do Plano de Gestão de Riscos de Inundação, elaborado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
Em Novembro de 2016, o município aprovou o projecto e, em Janeiro de 2017, foi aprovado o financiamento pelo Fundo de Coesão, ao abrigo do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos.