O Ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, garantiu esta quarta-feira que nunca discutiu com o Primeiro-Ministro nem com o seu antecessor no cargo o caso do furto do material militar dos paióis nacionais de Tancos.
O governante respondia a uma pergunta do deputado do PSD Rui Silva, na comissão parlamentar de inquérito sobre as consequências e responsabilidades políticas do furto de material de guerra na base militar de Tancos.
«Não compreendo, nem nenhum português compreenderá, que o senhor Ministro e o Primeiro-Ministro não tenham conversado sobre Tancos, que não tenha havido nenhuma orientação», disse Rui Silva.
João Gomes Cravinho explicou que não falou sobre o roubo, nem na «reunião de transição» com o seu antecessor, Azeredo Lopes, nem com o Primeiro-Ministro, António Costa, o que surpreendeu os deputados da oposição que questionavam o actual titular da pasta da Defesa Nacional.
O deputado do PSD mostrou-se «imensamente perplexo» por Gomes Cravinho e Azeredo Lopes, «numa reunião de passagem de pasta», não terem falado sobre o caso de Tancos, «que foi a base da demissão» do anterior Ministro.