A Assembleia Municipal de Vila Verde reuniu na noite desta sexta-feira, 24 de Fevereiro, tendo aprovado por unanimidade uma moção que pretende a ligação ferroviária entre Vila Verde e Braga. Na apresentação da mesma, o deputado municipal do PSD, Filipe Lopes, justificou a importância da sua criação assente na «garantia da coesão e o desenvolvimento sustentável do concelho de Vila Verde, da região do Minho e do País».
No passado dia 15 de Novembro de 2022, foi apresentado ao País pelo Governo o Plano Ferroviário Nacional. Com base na análise do mesmo e conjuntamente com os dados revelados pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, – relativos ao intervalo entre 2011-2021 – Filipe Lopes sublinhou que se «verifica que o Minho é um ponto a ter em consideração no mapa ferroviário, pois ao longo de dez anos o Norte aumentou as exportações em 45.5%, sendo que a nível nacional é o Norte quem mais exporta e o Minho responsável por 38.5 % das exportações, dados esses que se tornam mais relevantes pelo facto de no Minho residir 10.1% da população Portuguesa e 29.73% da população da Região Norte».
«PROMOVER A COESÃO TERRITORIAL»
Estando prevista no Plano Ferroviário Nacional uma linha de Alta Velocidade que atravessa o Concelho de Vila Verde – onde se projecta uma estação em Braga e outra em Valença – o deputado social democrata reforçou que «Vila Verde defende que a Ferrovia Convencional deve ser uma aposta no Minho», por forma a «promover a coesão territorial e a aumentar a oferta de opções de deslocações dos Vilaverdenses».
«Ligar Viana do Castelo, Ponte de Lima e Vila Verde à estação de Alta Velocidade em Braga é fundamental para aproximar o Minho e as duas capitais de Distrito, mas também para oferecer à população de Vila Verde opções de deslocação», notou o elemento da Assembleia Municipal, acrescentando que «esta linha ferroviária que liga Vila Verde a Braga terá que obrigatoriamente passar pela Estação de Alta Velocidade que servirá a Cidade e a Região, em Ferreiros, a exactamente 16 Km de todas as cidades do quadrilátero e de Vila Verde. Para além disso, Vila Verde precisa de se ligar a Amares, Póvoa de Lanhoso e Fafe, não só por razões económicas mas também académicas, visto que há vários pólos de diversos Institutos Politécnicos nestes Municípios».
«Desta forma, estaremos a oferecer uma solução de transporte público a 135 000 pessoas, que se podem deslocar neste eixo, promovendo a coesão territorial e a fixação da população nestes Municípios», vincou.
«TRANSPORTE PÚBLICO MAIS EFICAZ, EFICIENTE, FIÁVEL E SUSTENTÁVEL»
O Plano Ferroviário Nacional prevê, ainda, a ligação Guimarães – Fafe, tendo ficado aberta a «possibilidade de uma ligação entre Guimarães e Braga, sendo que Vila Verde passaria, desta forma, a estar ligada a Guimarães por dois eixos Ferroviários. Estas duas ligações permitem uma coesão territorial de quase 500 mil residentes e se a estas ligações a sul juntarem duas ligações necessárias ao Alto Minho, nomeadamente a Ponte de Lima e a Ponte da Barca, e consequentemente a Viana do Castelo, passamos a ter uma oferta de transporte público mais eficaz, eficiente, fiável, sustentável e contínua em todo o Minho», denotou Filipe Lopes.
«APOSTA ESTRATÉGICA PARA O FUTURO DO CONCELHO»
Segundo o deputado do PSD, a «aposta na linha ferroviária é absolutamente estratégica para o futuro do concelho de Vila Verde e da região do Minho, com claro impacto positivo para a coesão territorial e o desenvolvimento sustentado do país, tendo em vista os critérios de sustentabilidade que se impõem com cada vez maior acutilância para a mobilidade das pessoas e para os transportes públicos e de mercadorias».
A Moção foi de seguida levada a votação, tendo sido aprovada por unanimidade.
PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA “AQUECEU SESSÃO”
Ainda no período de antes da ordem do dia, as refeições escolares servidas nos estabelecimentos de ensino do Concelho, o PDM e ainda o papel e espaço dos jovens no centro da decisão – tal como as apostas feitas nesta mas área – foram alguns dos temas levados à discussão pelos deputados do PS Emanuel Machado e Daniela Gonçalves e também do CHEGA, Marcelo Duarte.
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