O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, pediu este sábado ao PSD que vá para as legislativas unido e com um “inconformismo moderado”, sem extremistas, e disse a Rui Rio que “não está sozinho”.
Carlos Moedas discursou perante o 39.º Congresso do PSD e recebeu a primeira grande ovação da sala do Europarque, que finalmente quase encheu ao fim de um dia de trabalhos.
“As pessoas estão desiludidas com aqueles que querem o poder pelo poder. Só votarão em nós se estivermos unidos. Porque só unidos geramos confiança”, defendeu, agradecendo quer a Rui Rio a confiança que sempre teve em si, quer a Paulo Rangel por “tudo o que fez” por si desde a primeira hora.
Moedas disse que, com Rio, estão também “os quase três milhões de votos do professor Cavaco Silva, em 1991” e “os mais de dois milhões de votos de Pedro Passos Coelho, em 2011”, bem como “os dois milhões e meio de votos do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, este ano”.
“Estamos prontos ou não estamos prontos? Assim como mudamos Lisboa vamos mudar o país”, apelou, recebendo nova ovação de pé do Congresso.
No entanto, o antigo secretário de Estado de Passos Coelho – outro nome que mereceu muitos aplausos do Congresso – avisou que “a união não é suficiente”.
“Temos que ser concretos e inconformados contra um poder que anestesia o país. Ser um inconformista moderado é vencer sem alianças com os extremos””, disse, num recado implícito sobre a recusa entendimentos eleitorais com o Chega, que excluiu da coligação ‘Novos Tempos’ que venceu as autárquicas.