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MP acusa três jornalistas de violação do segredo de justiça em investigação de homicídio em Moure

Três jornalistas estão acusadas pelo Ministério Público (MP) do crime de violação de segredo de justiça, pela cobertura da concretização de mandados de busca e de detenção, no caso do homicídio de um empresário de Moure, em Vila Verde, em Junho de 2018.

No “site” da Procuradoria-Geral Distrital do Porto refere que o MP «considerou indiciado que as jornalistas ficaram conhecedoras, por modo não apurado, do teor de despachos que determinaram a detenção de suspeitos e a realização de buscas, proferidos em inquérito que, sujeito a segredo de justiça, corria termos no DIAP da Procuradoria da República de Braga».

«E mais considerou indiciado que de posse destas informações, no dia 14-06-2018, duas das arguidas deslocaram-se para o local onde as buscas decorreram, em Vila Verde, Braga, fazendo a cobertura jornalística do que ia sucedendo para emissão televisiva, com filmagem do local e das pessoas envolvidas, nomeadamente de uma suspeita que participava na diligência», acrescenta.

Refere ainda que, no dia seguinte, «as três arguidas elaboraram e gravaram peça jornalística publicada no “site” do órgão de comunicação social para que trabalhavam, contendo filmagens dos agentes policiais e da suspeita, bem como referências a factos e a elementos de prova contidos no inquérito em investigação».

Em causa estão três jornalistas do jornal Correio da Manhã e da CMTV.

O crime em questão é o assassinato de António Ferraz da Costa, um empresário de Moure, Vila Verde, em 23 de Outubro de 2017, cujo cadáver viria a ser encontrado numa carrinha abandonada em Palmeira, Braga.

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