Fernando Silva, o homem de 33 anos que entrou armado numa barbearia em Marvila, Lisboa, e assassinou três pessoas a tiro na sequência de uma discussão por causa de um corte de cabelo, está acusado de homicídio qualificado agravado na forma consumada e outro na forma tentada que diz respeito a uma vítima que sobreviveu à série de execuções.
Segundo a CNN Portugal, que teve acesso, esta quinta-feira, ao despacho do DIAP de Lisboa, a procuradora Felismina Carvalho Franco descreve Fernando Silva como “calculista, astucioso, escolhendo o que deve dizer a cada momento, para dar uma imagem patológica de si”, num “comportamento de sobrevivência para evitar uma sanção penal e reclusão”.
O despacho diz mesmo que “não sofre de “qualquer alteração psicopatológica” que lhe pudesse valer como forma de inimputabilidade, segundo os relatórios clínicos.
No despacho, que já chegou à defesa do arguido, são-lhe imputados três crimes de homicídio qualificado agravado na forma consumada; e um na forma tentada que diz respeito a uma vítima que sobreviveu à série de execuções no interior da barbearia Grande Pente.
A 2 de outubro passado, Fernando Silva matou o dono da barbearia, com quem se iniciou a discussão por a vítima ter recusado cortar o cabelo ao homicida, por falta de tempo, um taxista e a mulher grávida que se encontravam no mesmo espaço.
Depois dos crimes, Fernando Silva fugiu do local com a ajuda de familiares – até ter sido capturado pela PJ, dias depois -, que o Ministério Público decidiu não acusar tendo em conta a relação privilegiada com o homicida.
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Com CNN Portugal /Foto TVI