Uma mulher foi condenada, esta quinta-feira, por um tribunal sul-africano, a prisão perpétua, depois de ter vendido a filha de 6 anos. O caso está a chocar o país.
Racquel Smith, a mãe, e outros dois arguidos envolvidos, sendo o seu namorado e um amigo, estão condenados à pena máxima de prisão perpétua por tráfico de seres humanos. Aliado a isso, enfrentam mais 10 anos por rapto, decretou o juiz Nathan Erasmus.
«Não preciso de sublinhar a gravidade [dos factos]: o rapto de uma menina de 6 anos, privando-a da sua liberdade de movimentos e da sua liberdade», vincou o mesmo, no Tribunal Superior do Cabo Ocidental.
A menina, chamada Joshlin Smith, desapareceu da própria casa em Saldanha Bay em fevereiro de 2024. Nunca foi encontrada.
A mulher está acusada de ter raptado e vendido a filha por 20.000 rands, correspondendo a 972 euros ou 1100 dólares.
«Pelo crime de tráfico de seres humanos, é condenada a prisão perpétua. Pelo crime de rapto, é condenada a dez anos de prisão», disse, ainda, o juiz, recebendo aplausos na audiência.
A fotografia da menina foi amplamente divulgada e o caso mexeu com o país. Um ministro chegou a oferecer uma recompensa de um milhão de rands (54 mil dólares) como resgate.
A África do Sul tem uma das taxas de criminalidade mais elevadas do mundo, sendo que estão a aumentar os raptos de crianças.
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